Tudo o que você precisa é ser você mesma… e isso não deveria ser algo difícil.
É como achar o caminho de casa depois de um longo e cansativo dia com o tempo ameaçando uma tempestade.
Há uma urgência para chegar em casa. O instinto guia até o próprio lar para o abrigo em segurança.
Você aperta o passo… pensa no banho quente, nas roupas limpas, no livro
ou série que quer continuar a ver. Lembra da garrafa de vinho pela
metade que está na geladeira e dos bombons que ganhou de um admirador
secreto.
Pensa: “Que sorte tenho em ter um canto só meu, um espaço para chamar de lar!”
É nesse espaço sagrado que é possível relaxar! Ser você! Despir-se das
máscaras e culpas trazidas por séculos de opressão. Por uma cultura que
modela o ser para a repressão. E esse espaço sagrado está em nós quando
entendemos que nosso corpo é nosso templo e nosso coração o nosso guia.
Essa é a verdadeira morada do ser que deve ser o abrigo de todas as tempestades.
Quando nos sentimos seguras em nós mesmas, pode cair o mundo lá fora,
que aqui dentro estarei de meias no meu melhor pijama de algodão, na
melhor companhia da vida: meu ser em paz.
O encontro com este lar vem por meio do relaxamento, da entrega absoluta
do ser para silenciar o ruído que atrapalha o coração de se manifestar.
Quando silencio, ouço a batida do meu tambor e percebo que há vida em
mim e que ela vale muito! Deixo de prestar atenção e de acreditar no que
dizem sobre quem sou e me redescubro.
Ganho confiança, entendimento. Tomo as rédeas soltas e as chaves do meu
lar e passo a tranca para os maus pensamentos lugares e pessoas.
Tomo propriedade de mim, coloco-me em prioridade.
Quando faço, faço-me um lar, escolho com amor quem entra e sai. Escolho
quem deve ficar para mais um café ou pouso ou quem convido a se retirar.
Quando tomo posse do meu lar, cuido para que ele se mantenha limpo e
organizado. Libero as más águas, arejo os espaços e preencho-os com
flores, música e danço. Danço conforme a música que escolho, sem medo de
julgamentos, do que os outros vão ouvir ou dizer. Afinal, quem são eles
mesmo?
Aprenda a não nomear síndicos e proprietários para seu espaço sagrado. Aprenda a cuidar de si.