Mas agora preciso de pausa. Preciso de mim. – Às vezes, temos pressa de tantas coisas que esquecemos de nos cuidar direito.
Essa semana eu adoeci. Adoeci no sentido “literal” da palavra. Adoeci! Fui forçada a ficar quieta e respeitar meus limites físicos. Fui obrigada a aceitar que não sou uma máquina, por mais que eu sinta que há uma engrenagem dentro de mim e que ela falhe. Por mais que os movimentos fiquem mais lentos e o coração sinta que é hora de dar uma sossegada. Não sou um super-herói de história em quadrinhos e nem quero ser a grande vilã da vida.Mas eu preciso aprender a me olhar mais e cuidar mais do meu espaço interno, preciso parar de me cobrar tanto.
Eu sei que faço muito mesmo muitas vezes não tendo reconhecimento. Eu sei que dentro de certos relacionamentos existem questões de vidas passadas que é preciso resgatar e nem sempre fácil de resolver. Que muitas vezes tive vontade de deixar tudo e ir pra longe daquilo que me fazia mal. Muitas vezes fui. Sem me sentir culpada ou me sentir diminuída pelos desaforos que, muitas vezes, tive que ouvir. Tem gente que também nos adoece, tem gente que faz prece ao contrário. Tem gente que só está feliz vendo você mergulhar num lamaçal de tristeza e dor. Acho que não vale a pena desejar o mal. Cada um que viva o que plantou e colheu. Cada um que receba sua dose de felicidade e paz ou se acerte com a justiça divina através dos atos infelizes que praticou ao longo do caminho. Existem muitos porquês que assolam nossos pensamentos e sentimentos. Quando vi que a minha máquina física estava ruim, percebi que era preciso parar e deixar tudo pra lá. “Temporariamente”. Sentar no sofá e me estender como quem não quer nada da vida parece cena de culpa assumida. Ficar olhando para o nada, dando-se um tempo é como achar que todo mundo vai me julgar.E daí? Vou continuar sendo eu mesma e não vou ficar esperando que fiquem atrás de mim pra saber se estou bem ou não. Não vou colocar anuncio no jornal para dizer que estou mal e que preciso de atenção.