CCAC...Comunidade Católica Adoradores De Cristo
Deus não vai reduzir a doutrina dele para se adequar a você porque não é ele que tem que se adequar a você é você que tem que se adequar a vontade de Deus.
O meu agir revela a quem eu sirvo
Você é o resultado das suas escolhas
.
.
Não Oro para que Deus faça a minha vontade, mas para que eu me adeque a vontade dele.
Ore não por uma vida fácil, mas pra ter forças para aguentar uma vida difícil.
Não conte suas guerras para os outros, poucos vão querer te ajudar e a maioria só está curiosa.Conte suas guerras para Deus,ele te ajuda a vencê-las.
.
.
Quem sou eu
- Pedrinho
- Barra Bonita, sp, Brazil
- Observador/ Romãntico/ Apaixonado/ Apaixonar-se por Deus é o maior dos romances;Procurá-lo a maior aventura;encontrá-lo a maior de todas as realizações. Filho amado de Deus, sou apaixonado por Cristo. Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim. Eu sou de Cristo e Cristo é de Deus Sou sal da terra e luz de Deus no Mundo.Você pode dizer que sou um sonhador Mas eu não sou o único. Eu espero que algum dia você junte-se a nós E o mundo viverá como um só.
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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
A Reforma Luterana - Parte 5
Todos os historiadores falam de abusos na Alemanha, em ligação com o tráfico nas indulgências.
Sem dúvida houve abusos. Algumas das pessoas que eram delegadas para coletar esmolas para a Basílica de S. Pedro estavam mais preocupadas com os seus proventos do que com considerações espirituais, e adotavam meios inescusáveis para obter esses proventos. Na sua pregação, iam muito além do ensino da Igreja. Mas não tinham autoridade para proceder dessa forma. Mais tarde o Concílio de Trento condenou todos esses abusos, proibiu-os absolutamente , e exigiu que os bispos exercessem estrita vigilância sobre todos os que tivessem a seu cargo causas piedosas e obras de caridade para cujo amparo houvessem que ganhar indulgências.
Lutero não podia suportar todo o esforço ansioso para prover à sua própria salvação.
S. Paulo não hesitou em escrever aos Filipenses: "Com temor e tremor operai a vossa salvação". (2,12).
Quando a visão dos seus pecados o tentava de duvidar da sua salvação, ele exclamava: "Escrevam por cima de todos os meus pecados: O Sangue de Cristo me purifica".
O fato de exclamar isso não o torna verdadeiro. Quando Lutero era exprobrado pela sua consciência, como tinha toda a razão para ser, censurava o demônio pelos seus pensamentos inquietos, e assim se justificava de os ignorar. E, mesmo quando falava da misericórdia de Deus, fazia dessa misericórdia uma escusa para continuar na sua má conduta e para ofender ainda mais a Deus. Para achar a paz da alma, Lutero preferiu ajustar sua consciência à sua conduta, a ajustar sua conduta à sua consciência; e, em vez de renunciar aos seus pecados e fazer penitência deles, prosseguiu neles, exclamando: "Mas Cristo morreu por mim", tal como um menino assobiara num cemitério para sustentar a sua coragem.
Ele nos ensinou que estamos seguros de ser aceitos por Deus "quando sentimos a segurança disso nos nossos corações".
Um escritor protestante, Dr. Claude Beaufort Moss, declara : "A doutrina da segurança é extremamente perigosa, porque "o coração é enganador acima de todas as coisas". (Jer 17,9), e os sentimentos são guias muito infiéis. Essa doutrina da segurança é que está na raiz do individualismo e do subjetivismo, que são a ruína de todos os herdeiros da Reforma, e, em particular, do Luteranismo" (The Christion Faith, p. 198).
O senso de segurança produziu os mais fervorosos pregadores protestantes.
Isto não é garantia da verdade do ensino deles, nem dá aos outros segurança de serem guias fiéis. No seu livro The Life of Faith, p. 46, Rosalind Murray observa com razão: "Que é que sentiríamos se nos víssemos nas mãos de um cirurgião que, não tendo estudado anatomia, se aventurasse a cortar e abrir os nossos corpos, a operá-los fiado numa "espécie de sentimento", numa espécie de vaga segurança emotiva de "dever haver alguma coisa" dentro de nós?" Nas coisas sérias da vida, abandonar a razão pelo sentimento é loucura.
Lutero às vezes pode ter-se enganado; mas discutiria você a inata honestidade e sinceridade de propósitos dele ?
Em muitas ocasiões os seus pronunciamentos e a sua conduta perdem qualquer direito à nossa fé e confiança. Ninguém poderia dizer que ele fosse habitualmente cuidadoso de dizer a verdade. Ele deve ter sabido que não estava dizendo a verdade quando disse que a Bíblia era desconhecida dos sacerdotes, seus companheiros no Mosteiro que ele abandonou. Certamente sabia que tinha falsificado o texto da Sagrado Escritura para justificar as suas novas doutrinas. Conscientemente exagerou os escândalos do Papado. Para justificar o seu casamento com a ex-freira Catarina de Bora, deu a diferentes pessoas sete razões diferentes para esse passo. Dizia a primeira coisa plausível que lhe vinha à cabeça. Quando Filipe, Duque de Hesse, um sustentáculo da Reforma, pediu permissão a Lutero para tomar uma segunda mulher em aditamento à que já tinha, Lutero deu-lhe permissão para cometer bigamia contanto que Filipe não falasse disso a ninguém. Mas a coisa tornou-se pública, e então Lutero disse a Filipe que negasse Ter-se casado com uma segunda mulher e estar vivendo com ambas. "Que importaria", escreveu ele a Filipe, "se para maior bem, alguém devesse pregar uma bruta e redonda mentira?" Em 1522 ele atacou Henrique VIII como o "vaso de Satanás", e fez toda sorte de acusações desaforadas contra ele. Dois anos depois, ouvindo dizer que Henrique vacilava na sua fidelidade a Roma, e esperando ganhar nele um convertido, escreveu a Henrique e ofereceu-se para retratar publicamente tudo quanto antes dissera. "Isso admite o seu biógrafo Dr. P. Smith. A verdade por amor da verdade significava muito pouco para Martinho Lutero
Devemos agradecer-lhe ao menos a liberdade religiosa.
Lutero certamente libertou o povo da Igreja Católica. Mas foi uma libertação das restrições impostas pela verdade revelada por Cristo e das leis morais de Cristo. Enquanto isso, ele próprio não concedeu liberdade aos que o seguiram fora da Igreja Católica. Substituiu pela sua própria a autoridade do Papa. Incitou os príncipes germânicos a usarem da força para sustentarem a sua doutrina e suprimirem a de outros pretensos reformadores. Escreveu ao Eleitor de Saxônia, a 9 de fevereiro de 1526, que não permitisse outra doutrina senão a sua. "Num lugar", disse ele, "só deve haver uma única espécie de sermão". E exigiu que, se alguém não desistisse de pregar doutrina diferente, "as autoridades entregarão tal sujeito ao mestre conveniente, o Mestre Executor" (Erlangen, vol. 39, pp. 250-254). O historiador protestante P. Wappler, falando da perseguição aos Anabatistas, acentua que "Lutero aprovou a pena de morte infligida pela exclusiva razão de heresia". (Die Stellung, Kurschsens, p. 125)
Lutero foi o verdadeiro campeão da liberdade de pensamento!
Isso é lenda. Na sua Introduction to the History of Literature, Hallam assim escreve : "Os adeptos da Igreja de Roma nunca deixaram de lançar duas censuras sobre os que os deixaram: uma, que a Reforma alcançou o seu fim mediante destemperados e caluniosos insultos, mediante ultrajes de um populacho excitado, mediante a tirania dos príncipes; a outra, que, depois de estimular os mais ignorantes a rejeitarem a autoridade da sua Igreja, ela imediatamente suprimiu essa liberdade de julgamento, e votou a uma violenta detracção, como às vezes à prisão e à morte, todos os que tinham a presunção de desviar-se da linha traçada por lei. Estas censuras, ainda que seja uma vergonha para nós confessá-lo, podem ser proferidas, mas não podem ser refutadas" (Vol. I, p. 200, secção 34).
Ele advogou uma completa separação entre a Igreja e o Estado.
A doutrina dele aplicava-se somente a governantes opostos ao seu ensino. Portanto ele ordenaria aos príncipes temporais não se intrometerem em coisas espirituais, e declararia que o Estado era "do diabo", e que os cristãos não tinham obrigação moral de obedecer a qualquer das suas leis. Mas tomava posição oposta quando os príncipes germânicos eram favoráveis ao Luteranismo. Então o governante era o "agente de Deus", usando com razão o poder da espada para reforçar a religião. Então o príncipe era a única autoridade, quer espiritual quer temporal, dos seus súditos! Lutero contradisse-se a si mesmo nesta matéria de acordo com os ditamos da conveniência.
Ele queria liberdade para todos os homens.
Isso ele certamente não advogou. Lutero foi um forte defensor da escravidão. "Já que Deus deu a lei e ninguém a observa", escreveu ele, "em aditamento ele instituiu mestres-de-varas, condutores e coactores: é por isto que há governantes para conduzir", bater, afogar, enforcar, queimar, degolar e despedaçar sobre a roda as massas do vulgo" (Eriange, vol. XV, 2, p. 276). De outra vez, ele declara: "A escravidão não e contra a ordem cristã, e mente quem diz que é" (Welmar, vol. XVI, p. 244).
É a Lutero que nós devemos a democracia.
Os princípios dele levam diretamente ao totalitarismo. Lutero simplesmente entregou a governantes temporais o despotismo político sobre as consciências dos homens, quando entregou a religião nas mãos do Estado. Scherr, no seu livro German Culture, p. 260, escreve: "Lutero foi o originador da doutrina da entrega incondicional ao poder civil". Em parte alguma isto é mais claro do que na história da Guerra dos Camponeses. Em 1524 os camponeses da Alemanha revoltaram-se contra a sua opressão pelos nobres, e exigiram a abolição da servidão. Foram incentivados nisso pelos pregadores revolucionários que advogavam a doutrina luterana da liberdade cristã. Mas Lutero precisava do apoio dos príncipes, e incitou estes a matarem os camponeses impiedosamente. O escândalo foi enorme, e os sentimentos dos camponeses para com Lutero converteram-se em ódio amargo. Se jamais alguma coisa serviu para confirmar o povo da Alemanha Meridional na sua determinação de permanecer católico, foi essa perfídia de Martinho Lutero. E digno de nota é que, nos nossos próprios dias, os Nacional-Socialistas da Alemanha, no seu repúdio aos princípios democráticos, tenham verificado que os seus maiores opositores na Alemanha eram a população católica.
Isso não é uma narração deturpada da atitude de Lutero para com a Guerra dos Camponeses?
Não. O historiador protestante H. A. L. Fisher escreve: "A maneira como ele dissociou o seu movimento da rebelião camponesa ... e o incentivo que ele deu a um método de repressão tão selvagem que deixou os camponeses germânicos mais indefesos e rebaixados do que qualquer classe social na Europa central ou ocidental, são sérias nódoas no seu bom nome. Os camponeses germânicos eram homens rudes e rudes combatentes; mas as suas queixas eram genuínas, e justas e razoáveis as suas exigências originais". (A History of Europe, p. 506). Em todo caso, temos a própria petulância de Lutero: "Eu Martinho Lutero, durante a rebelião matei todos os camponeses, porque fui eu quem ordenou que eles fossem mortos. Todo o sangue deles está sobre a minha cabeça. Mas eu o ponho todo sobre Deus Nosso Senhor; pois foi ele quem assim me mandou falar" (Tischreden, Erlangen ed. Vol. 59, p. 284).
Sem dúvida houve abusos. Algumas das pessoas que eram delegadas para coletar esmolas para a Basílica de S. Pedro estavam mais preocupadas com os seus proventos do que com considerações espirituais, e adotavam meios inescusáveis para obter esses proventos. Na sua pregação, iam muito além do ensino da Igreja. Mas não tinham autoridade para proceder dessa forma. Mais tarde o Concílio de Trento condenou todos esses abusos, proibiu-os absolutamente , e exigiu que os bispos exercessem estrita vigilância sobre todos os que tivessem a seu cargo causas piedosas e obras de caridade para cujo amparo houvessem que ganhar indulgências.
Lutero não podia suportar todo o esforço ansioso para prover à sua própria salvação.
S. Paulo não hesitou em escrever aos Filipenses: "Com temor e tremor operai a vossa salvação". (2,12).
Quando a visão dos seus pecados o tentava de duvidar da sua salvação, ele exclamava: "Escrevam por cima de todos os meus pecados: O Sangue de Cristo me purifica".
O fato de exclamar isso não o torna verdadeiro. Quando Lutero era exprobrado pela sua consciência, como tinha toda a razão para ser, censurava o demônio pelos seus pensamentos inquietos, e assim se justificava de os ignorar. E, mesmo quando falava da misericórdia de Deus, fazia dessa misericórdia uma escusa para continuar na sua má conduta e para ofender ainda mais a Deus. Para achar a paz da alma, Lutero preferiu ajustar sua consciência à sua conduta, a ajustar sua conduta à sua consciência; e, em vez de renunciar aos seus pecados e fazer penitência deles, prosseguiu neles, exclamando: "Mas Cristo morreu por mim", tal como um menino assobiara num cemitério para sustentar a sua coragem.
Ele nos ensinou que estamos seguros de ser aceitos por Deus "quando sentimos a segurança disso nos nossos corações".
Um escritor protestante, Dr. Claude Beaufort Moss, declara : "A doutrina da segurança é extremamente perigosa, porque "o coração é enganador acima de todas as coisas". (Jer 17,9), e os sentimentos são guias muito infiéis. Essa doutrina da segurança é que está na raiz do individualismo e do subjetivismo, que são a ruína de todos os herdeiros da Reforma, e, em particular, do Luteranismo" (The Christion Faith, p. 198).
O senso de segurança produziu os mais fervorosos pregadores protestantes.
Isto não é garantia da verdade do ensino deles, nem dá aos outros segurança de serem guias fiéis. No seu livro The Life of Faith, p. 46, Rosalind Murray observa com razão: "Que é que sentiríamos se nos víssemos nas mãos de um cirurgião que, não tendo estudado anatomia, se aventurasse a cortar e abrir os nossos corpos, a operá-los fiado numa "espécie de sentimento", numa espécie de vaga segurança emotiva de "dever haver alguma coisa" dentro de nós?" Nas coisas sérias da vida, abandonar a razão pelo sentimento é loucura.
Lutero às vezes pode ter-se enganado; mas discutiria você a inata honestidade e sinceridade de propósitos dele ?
Em muitas ocasiões os seus pronunciamentos e a sua conduta perdem qualquer direito à nossa fé e confiança. Ninguém poderia dizer que ele fosse habitualmente cuidadoso de dizer a verdade. Ele deve ter sabido que não estava dizendo a verdade quando disse que a Bíblia era desconhecida dos sacerdotes, seus companheiros no Mosteiro que ele abandonou. Certamente sabia que tinha falsificado o texto da Sagrado Escritura para justificar as suas novas doutrinas. Conscientemente exagerou os escândalos do Papado. Para justificar o seu casamento com a ex-freira Catarina de Bora, deu a diferentes pessoas sete razões diferentes para esse passo. Dizia a primeira coisa plausível que lhe vinha à cabeça. Quando Filipe, Duque de Hesse, um sustentáculo da Reforma, pediu permissão a Lutero para tomar uma segunda mulher em aditamento à que já tinha, Lutero deu-lhe permissão para cometer bigamia contanto que Filipe não falasse disso a ninguém. Mas a coisa tornou-se pública, e então Lutero disse a Filipe que negasse Ter-se casado com uma segunda mulher e estar vivendo com ambas. "Que importaria", escreveu ele a Filipe, "se para maior bem, alguém devesse pregar uma bruta e redonda mentira?" Em 1522 ele atacou Henrique VIII como o "vaso de Satanás", e fez toda sorte de acusações desaforadas contra ele. Dois anos depois, ouvindo dizer que Henrique vacilava na sua fidelidade a Roma, e esperando ganhar nele um convertido, escreveu a Henrique e ofereceu-se para retratar publicamente tudo quanto antes dissera. "Isso admite o seu biógrafo Dr. P. Smith. A verdade por amor da verdade significava muito pouco para Martinho Lutero
Devemos agradecer-lhe ao menos a liberdade religiosa.
Lutero certamente libertou o povo da Igreja Católica. Mas foi uma libertação das restrições impostas pela verdade revelada por Cristo e das leis morais de Cristo. Enquanto isso, ele próprio não concedeu liberdade aos que o seguiram fora da Igreja Católica. Substituiu pela sua própria a autoridade do Papa. Incitou os príncipes germânicos a usarem da força para sustentarem a sua doutrina e suprimirem a de outros pretensos reformadores. Escreveu ao Eleitor de Saxônia, a 9 de fevereiro de 1526, que não permitisse outra doutrina senão a sua. "Num lugar", disse ele, "só deve haver uma única espécie de sermão". E exigiu que, se alguém não desistisse de pregar doutrina diferente, "as autoridades entregarão tal sujeito ao mestre conveniente, o Mestre Executor" (Erlangen, vol. 39, pp. 250-254). O historiador protestante P. Wappler, falando da perseguição aos Anabatistas, acentua que "Lutero aprovou a pena de morte infligida pela exclusiva razão de heresia". (Die Stellung, Kurschsens, p. 125)
Lutero foi o verdadeiro campeão da liberdade de pensamento!
Isso é lenda. Na sua Introduction to the History of Literature, Hallam assim escreve : "Os adeptos da Igreja de Roma nunca deixaram de lançar duas censuras sobre os que os deixaram: uma, que a Reforma alcançou o seu fim mediante destemperados e caluniosos insultos, mediante ultrajes de um populacho excitado, mediante a tirania dos príncipes; a outra, que, depois de estimular os mais ignorantes a rejeitarem a autoridade da sua Igreja, ela imediatamente suprimiu essa liberdade de julgamento, e votou a uma violenta detracção, como às vezes à prisão e à morte, todos os que tinham a presunção de desviar-se da linha traçada por lei. Estas censuras, ainda que seja uma vergonha para nós confessá-lo, podem ser proferidas, mas não podem ser refutadas" (Vol. I, p. 200, secção 34).
Ele advogou uma completa separação entre a Igreja e o Estado.
A doutrina dele aplicava-se somente a governantes opostos ao seu ensino. Portanto ele ordenaria aos príncipes temporais não se intrometerem em coisas espirituais, e declararia que o Estado era "do diabo", e que os cristãos não tinham obrigação moral de obedecer a qualquer das suas leis. Mas tomava posição oposta quando os príncipes germânicos eram favoráveis ao Luteranismo. Então o governante era o "agente de Deus", usando com razão o poder da espada para reforçar a religião. Então o príncipe era a única autoridade, quer espiritual quer temporal, dos seus súditos! Lutero contradisse-se a si mesmo nesta matéria de acordo com os ditamos da conveniência.
Ele queria liberdade para todos os homens.
Isso ele certamente não advogou. Lutero foi um forte defensor da escravidão. "Já que Deus deu a lei e ninguém a observa", escreveu ele, "em aditamento ele instituiu mestres-de-varas, condutores e coactores: é por isto que há governantes para conduzir", bater, afogar, enforcar, queimar, degolar e despedaçar sobre a roda as massas do vulgo" (Eriange, vol. XV, 2, p. 276). De outra vez, ele declara: "A escravidão não e contra a ordem cristã, e mente quem diz que é" (Welmar, vol. XVI, p. 244).
É a Lutero que nós devemos a democracia.
Os princípios dele levam diretamente ao totalitarismo. Lutero simplesmente entregou a governantes temporais o despotismo político sobre as consciências dos homens, quando entregou a religião nas mãos do Estado. Scherr, no seu livro German Culture, p. 260, escreve: "Lutero foi o originador da doutrina da entrega incondicional ao poder civil". Em parte alguma isto é mais claro do que na história da Guerra dos Camponeses. Em 1524 os camponeses da Alemanha revoltaram-se contra a sua opressão pelos nobres, e exigiram a abolição da servidão. Foram incentivados nisso pelos pregadores revolucionários que advogavam a doutrina luterana da liberdade cristã. Mas Lutero precisava do apoio dos príncipes, e incitou estes a matarem os camponeses impiedosamente. O escândalo foi enorme, e os sentimentos dos camponeses para com Lutero converteram-se em ódio amargo. Se jamais alguma coisa serviu para confirmar o povo da Alemanha Meridional na sua determinação de permanecer católico, foi essa perfídia de Martinho Lutero. E digno de nota é que, nos nossos próprios dias, os Nacional-Socialistas da Alemanha, no seu repúdio aos princípios democráticos, tenham verificado que os seus maiores opositores na Alemanha eram a população católica.
Isso não é uma narração deturpada da atitude de Lutero para com a Guerra dos Camponeses?
Não. O historiador protestante H. A. L. Fisher escreve: "A maneira como ele dissociou o seu movimento da rebelião camponesa ... e o incentivo que ele deu a um método de repressão tão selvagem que deixou os camponeses germânicos mais indefesos e rebaixados do que qualquer classe social na Europa central ou ocidental, são sérias nódoas no seu bom nome. Os camponeses germânicos eram homens rudes e rudes combatentes; mas as suas queixas eram genuínas, e justas e razoáveis as suas exigências originais". (A History of Europe, p. 506). Em todo caso, temos a própria petulância de Lutero: "Eu Martinho Lutero, durante a rebelião matei todos os camponeses, porque fui eu quem ordenou que eles fossem mortos. Todo o sangue deles está sobre a minha cabeça. Mas eu o ponho todo sobre Deus Nosso Senhor; pois foi ele quem assim me mandou falar" (Tischreden, Erlangen ed. Vol. 59, p. 284).