CCAC...Comunidade Católica Adoradores De Cristo
Deus não vai reduzir a doutrina dele para se adequar a você porque não é ele que tem que se adequar a você é você que tem que se adequar a vontade de Deus.
O meu agir revela a quem eu sirvo
Você é o resultado das suas escolhas
.
.
Não Oro para que Deus faça a minha vontade, mas para que eu me adeque a vontade dele.
Ore não por uma vida fácil, mas pra ter forças para aguentar uma vida difícil.
Não conte suas guerras para os outros, poucos vão querer te ajudar e a maioria só está curiosa.Conte suas guerras para Deus,ele te ajuda a vencê-las.
.
.
Quem sou eu
- Pedrinho
- Barra Bonita, sp, Brazil
- Observador/ Romãntico/ Apaixonado/ Apaixonar-se por Deus é o maior dos romances;Procurá-lo a maior aventura;encontrá-lo a maior de todas as realizações. Filho amado de Deus, sou apaixonado por Cristo. Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim. Eu sou de Cristo e Cristo é de Deus Sou sal da terra e luz de Deus no Mundo.Você pode dizer que sou um sonhador Mas eu não sou o único. Eu espero que algum dia você junte-se a nós E o mundo viverá como um só.
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sábado, 6 de novembro de 2010
As seitas: empresas religiosas
A Religião como assunto público
Antigamente cada povo tinha "sua" religião. Esta representava a alma do povo e expressava seus valores mais profundos, seus enigmas e aspirações. Qualquer atentado contra a religião era considerado atentado contra o mesmo povo e, portanto, o culpado se fazia merecedor dos maiores castigos.
Na Grécia, por exemplo, o grande filósofo Sócrates foi condenado à morte por um motivo religioso. Ao ensinar os jovens a pensar, os fazia "duvidar" de certas crenças religiosas, o que lhe fez merecer a morte.
Perseguição
Roma considerava-se tolerante no campo religioso para com todos os povos submetidos. A estes era permitido seguir seus "deuses" desde que aceitassem a superioridade da religião romana, na qual a mesma Roma era considerada divindade suprema.
Quando o general Pompeu (63 dC) anexou a Roma a província da Judéia, apresentou-se o problema religioso, já que os judeus se recusavam a reconhecer outro Deus além de Javé. Contudo, o problema foi logo resolvido pois os judeus não eram proselitistas, sentindo-se satisfeitos por ser apenas eles o "povo eleito". Por essa razão Roma, com facilidade, lhes permitiu que prosseguissem com suas crenças religiosas uma vez que não representavam qualquer perigo para os demais. O problema se tornou complicado quando surgiu o Cristianismo, com uma força missionária considerável. Pareceu para Roma que o Cristianismo poderia representar um sério perigo para o Império já que a nova religião mexia com o fundamento do Estado, representado por sua religião. Assim, respondeu com uma feroz perseguição que durou aproximadamente trezentos anos, com contínuos altos e baixos.
Religião Oficial
Finalmente, no ano 313 dC, o imperador Constantino decretou a liberdade de culto ao constatar a inutulidade da perseguição, visto que de todos os modos a nova religião prosperava cada dia mais e que transformava seus cidadãos em pessoas honestas e trabalhadoras, patriotas e colaboradoras do progresso.
Tamanho foi o entusiasmo por fazer-se cristão que, em pouco tempo, quase todos os cidadãos romanos se integraram à Igreja, restando poucos seguidores do antigo culto. Estes normalmente habitavam em pequenos povoados afastados da civilização, razão pela qual passou-se a usar a palavra "pagão" (do lat. "pagus" = "aldeia") com o sentido de "não cristão".
Considerando esta nova realidade, logo o Catolicismo foi considerado como a religião oficial do Império. Ruindo este (476 dC), surgiram outros reinos em seu lugar, todos eles adotando o Catolicismo como religião oficial.
Baseando-se no antigo costume de considerar a religião como um assunto público e não privado, pouco a pouco chegou-se a formular o seguinte princípio jurídico: "Cuius regio, eius religio" (=a religião da região será a mesma de quem a governa), segundo o qual o súdito estava obrigado a adotar a religião do rei. Onde o rei era católico, todos estavam obrigados a serem católicos; onde o rei era luterano, todos estavam obrigados a serem luteranos; onde o rei era anglicano, todos estavam obrigados a serem anglicanos etc. Para os que não queriam obedecer, aplicava-se a pena de morte.
Liberdade Religiosa
Nas regiões católicas, normalmente não houve maiores problemas a respeito. Houve sim grandes problemas nos países regidos por reis protestantes ou anglicanos. Seguindo o princípio luterano da livre interpretação da Bíblia, logo começaram a surgir grupos de crentes inconformados com a religião oficial, provocando uma forte repressão por parte do governo.
Para escapar à perseguição e poder viver sua fé em paz, muitos emigraram para as colônias inglesas da América do Norte. Estando ali gente que, em geral, estava fugindo da perseguição religiosa, estabeleceram o princípio da liberdade religiosa que, ao se tornar independente os Estados Unidos com relação à Inglaterra, tornou-se lei.
Na Europa, muitos pensadores estavam lutando pela mesma causa. Desta maneira, pouco a pouco o princípio da liberdade religiosa foi se expandindo até se transformar em princípio universal, com raras exceções, especialmente nas regiões muçulmanas.
Explosão das seitas
Até aqui, tudo parece lógico e positivo. O problema surgiu quando passou-se a considerar a religião como qualquer outro "negócio": uma empresa comercial, segundo a oferta e a procura, utilizando técnicas de mercado e tendo o "lucro" como elemento determinante.
Já não importa o sentido da fidelidade à Cristo, ao seu Evangelho e à sua Igreja. O que importa é aumentar o número de fiéis, conquistar o povo e arrecadar o máximo possível de bens.
Obviamente, como em qualquer assunto, não faltam pessoas sérias, que buscam a Deus sinceramente. No entanto, a impressão geral que se tem dos fundadores e dirigentes de seitas é a de que parecem mais empresários do que profetas, mais especializados em psicologia e oratória do que em Bíblia e ascética.
Regresso ao sagrado
Após o fracasso das ideologias e desencantamento causado pela busca insaciável do prazer, estamos assistindo a um fenômeno geral de seguir o sagrado e o espiritual. Contudo, tal regresso não está se realizando através das igrejas históricas, que se apegam ao racional e revelado, mas vem como resposta do próprio homem a seu anseio de segurança e busca do sentido da vida, em todas as fontes, desde a Bíblia até as religiões orientais, o paganismo, o esoterismo, o ocultismo, a gnose, a psicologia etc.
Por isso, hoje em dia o católico precisa ser mais crítico quanto ao fenômeno religioso, tomando consciência dos riscos que implicam aproximar-se de tal fenômeno sem uma preparação específica a respeito. O fato é que muitos, que a princípio pareciam bem tolerantes no campo religioso, depois de aderirem ingenuamente a algum destes novos grupos, tornaram-se extremamente sectários, fanáticos e ferozmente anticatólicos.
O que teria acontecido se, antes de se envolver cegamente com algum destes novos sistemas religiosos, tivesse conhecido algo a mais sobre a sua própria Igreja? Sem dúvida, não se teria deixado converter-se tão facilmente.
Conclusão
As seitas não são tão boas quanto parecem à primeira vista ou nos querem dar a entender. Nelas há de tudo: boa fé, busca do sentido da vida, espiritualidade, superação de certas atitudes negativas... porém, ao mesmo tempo, há também o engano, a exploração, a alienação e a busca do poder. Portanto, se realmente estamos comprometidos com o homem concreto, não podemos deixar de fazer uma atenta análise quanto a este fenômeno que, sob o manto de uma profunda religiosidade, esconde os interesses mais variados, às vezes totalmente contrários aos ideais proclamados por suas próprias palavras.
Antigamente cada povo tinha "sua" religião. Esta representava a alma do povo e expressava seus valores mais profundos, seus enigmas e aspirações. Qualquer atentado contra a religião era considerado atentado contra o mesmo povo e, portanto, o culpado se fazia merecedor dos maiores castigos.
Na Grécia, por exemplo, o grande filósofo Sócrates foi condenado à morte por um motivo religioso. Ao ensinar os jovens a pensar, os fazia "duvidar" de certas crenças religiosas, o que lhe fez merecer a morte.
Perseguição
Roma considerava-se tolerante no campo religioso para com todos os povos submetidos. A estes era permitido seguir seus "deuses" desde que aceitassem a superioridade da religião romana, na qual a mesma Roma era considerada divindade suprema.
Quando o general Pompeu (63 dC) anexou a Roma a província da Judéia, apresentou-se o problema religioso, já que os judeus se recusavam a reconhecer outro Deus além de Javé. Contudo, o problema foi logo resolvido pois os judeus não eram proselitistas, sentindo-se satisfeitos por ser apenas eles o "povo eleito". Por essa razão Roma, com facilidade, lhes permitiu que prosseguissem com suas crenças religiosas uma vez que não representavam qualquer perigo para os demais. O problema se tornou complicado quando surgiu o Cristianismo, com uma força missionária considerável. Pareceu para Roma que o Cristianismo poderia representar um sério perigo para o Império já que a nova religião mexia com o fundamento do Estado, representado por sua religião. Assim, respondeu com uma feroz perseguição que durou aproximadamente trezentos anos, com contínuos altos e baixos.
Religião Oficial
Finalmente, no ano 313 dC, o imperador Constantino decretou a liberdade de culto ao constatar a inutulidade da perseguição, visto que de todos os modos a nova religião prosperava cada dia mais e que transformava seus cidadãos em pessoas honestas e trabalhadoras, patriotas e colaboradoras do progresso.
Tamanho foi o entusiasmo por fazer-se cristão que, em pouco tempo, quase todos os cidadãos romanos se integraram à Igreja, restando poucos seguidores do antigo culto. Estes normalmente habitavam em pequenos povoados afastados da civilização, razão pela qual passou-se a usar a palavra "pagão" (do lat. "pagus" = "aldeia") com o sentido de "não cristão".
Considerando esta nova realidade, logo o Catolicismo foi considerado como a religião oficial do Império. Ruindo este (476 dC), surgiram outros reinos em seu lugar, todos eles adotando o Catolicismo como religião oficial.
Baseando-se no antigo costume de considerar a religião como um assunto público e não privado, pouco a pouco chegou-se a formular o seguinte princípio jurídico: "Cuius regio, eius religio" (=a religião da região será a mesma de quem a governa), segundo o qual o súdito estava obrigado a adotar a religião do rei. Onde o rei era católico, todos estavam obrigados a serem católicos; onde o rei era luterano, todos estavam obrigados a serem luteranos; onde o rei era anglicano, todos estavam obrigados a serem anglicanos etc. Para os que não queriam obedecer, aplicava-se a pena de morte.
Liberdade Religiosa
Nas regiões católicas, normalmente não houve maiores problemas a respeito. Houve sim grandes problemas nos países regidos por reis protestantes ou anglicanos. Seguindo o princípio luterano da livre interpretação da Bíblia, logo começaram a surgir grupos de crentes inconformados com a religião oficial, provocando uma forte repressão por parte do governo.
Para escapar à perseguição e poder viver sua fé em paz, muitos emigraram para as colônias inglesas da América do Norte. Estando ali gente que, em geral, estava fugindo da perseguição religiosa, estabeleceram o princípio da liberdade religiosa que, ao se tornar independente os Estados Unidos com relação à Inglaterra, tornou-se lei.
Na Europa, muitos pensadores estavam lutando pela mesma causa. Desta maneira, pouco a pouco o princípio da liberdade religiosa foi se expandindo até se transformar em princípio universal, com raras exceções, especialmente nas regiões muçulmanas.
Explosão das seitas
Até aqui, tudo parece lógico e positivo. O problema surgiu quando passou-se a considerar a religião como qualquer outro "negócio": uma empresa comercial, segundo a oferta e a procura, utilizando técnicas de mercado e tendo o "lucro" como elemento determinante.
Já não importa o sentido da fidelidade à Cristo, ao seu Evangelho e à sua Igreja. O que importa é aumentar o número de fiéis, conquistar o povo e arrecadar o máximo possível de bens.
Obviamente, como em qualquer assunto, não faltam pessoas sérias, que buscam a Deus sinceramente. No entanto, a impressão geral que se tem dos fundadores e dirigentes de seitas é a de que parecem mais empresários do que profetas, mais especializados em psicologia e oratória do que em Bíblia e ascética.
Regresso ao sagrado
Após o fracasso das ideologias e desencantamento causado pela busca insaciável do prazer, estamos assistindo a um fenômeno geral de seguir o sagrado e o espiritual. Contudo, tal regresso não está se realizando através das igrejas históricas, que se apegam ao racional e revelado, mas vem como resposta do próprio homem a seu anseio de segurança e busca do sentido da vida, em todas as fontes, desde a Bíblia até as religiões orientais, o paganismo, o esoterismo, o ocultismo, a gnose, a psicologia etc.
Por isso, hoje em dia o católico precisa ser mais crítico quanto ao fenômeno religioso, tomando consciência dos riscos que implicam aproximar-se de tal fenômeno sem uma preparação específica a respeito. O fato é que muitos, que a princípio pareciam bem tolerantes no campo religioso, depois de aderirem ingenuamente a algum destes novos grupos, tornaram-se extremamente sectários, fanáticos e ferozmente anticatólicos.
O que teria acontecido se, antes de se envolver cegamente com algum destes novos sistemas religiosos, tivesse conhecido algo a mais sobre a sua própria Igreja? Sem dúvida, não se teria deixado converter-se tão facilmente.
Conclusão
As seitas não são tão boas quanto parecem à primeira vista ou nos querem dar a entender. Nelas há de tudo: boa fé, busca do sentido da vida, espiritualidade, superação de certas atitudes negativas... porém, ao mesmo tempo, há também o engano, a exploração, a alienação e a busca do poder. Portanto, se realmente estamos comprometidos com o homem concreto, não podemos deixar de fazer uma atenta análise quanto a este fenômeno que, sob o manto de uma profunda religiosidade, esconde os interesses mais variados, às vezes totalmente contrários aos ideais proclamados por suas próprias palavras.