Frequentemente, nós nos deparamos com perdas, mas talvez as que mais nos machuquem sejam as daqueles que amamos verdadeiramente. Podemos perder essas pessoas para a morte, para a distância, para o destino ou mesmo para os nossos comportamentos imaturos e egoístas. De qualquer maneira, seguir a vida sem elas é um grande desafio.
As pessoas que amamos são parte da nossa história, sempre estiveram ao nosso lado e contribuíram para a formação do nosso caráter, personalidade e foram fundamentais para estarmos onde estamos hoje.
Elas conheceram o nosso melhor e pior lado, e ainda assim não se afastaram, deram-nos conselhos poderosos e sentiram orgulho e felicidade, quando qualquer outro sentiria inveja. Amaram-nos por quem somos e foram a base que nos sustentou quando estávamos prestes a cair.
Não é fácil aceitar que não as teremos mais conosco. Tudo aquilo que um dia vivemos se torna apenas memória e todos os planos que havíamos construído e alimentado precisam ser cancelados. Onde antes havia animação e expectativa, agora só existe a dor da saudade e a tristeza de saber que precisaremos seguir sem os nossos maiores apoios.
A perda de nossos amados nos faz compreender o verdadeiro significado de saudade.
Deixamos de enxergar esse sentimento como algo supérfluo e até mesmo de aplicá-lo em nossa vida num contexto sensacionalista. Descobrimos que a saudade pode ser incapacitante e que é algo com o qual devemos aprender a conviver, ainda que nos cause dor.No começo, a saudade costuma ser vista como uma inimiga, porque a perda da pessoa é muito recente, e não queremos sentir sua falta, queremos que esteja ao nosso lado, compartilhando a vida conosco.
A saudade se torna um lugar nosso e da outra pessoa, onde podemos reviver os momentos bons não mais com dor, mas com gratidão.
Nesse dia da saudade, tire um tempo para ressignificar esse sentimento. Ainda que doa, faça as pazes com ele e o torne seu aliado, porque ele permanecerá para sempre com você. As perdas são difíceis, mas se soubermos lidar com elas, encontraremos conforto eterno mesmo em meio à falta.