CCAC...Comunidade Católica Adoradores De Cristo
Deus não vai reduzir a doutrina dele para se adequar a você porque não é ele que tem que se adequar a você é você que tem que se adequar a vontade de Deus.
O meu agir revela a quem eu sirvo
Você é o resultado das suas escolhas
.
.
Não Oro para que Deus faça a minha vontade, mas para que eu me adeque a vontade dele.
Ore não por uma vida fácil, mas pra ter forças para aguentar uma vida difícil.
Não conte suas guerras para os outros, poucos vão querer te ajudar e a maioria só está curiosa.Conte suas guerras para Deus,ele te ajuda a vencê-las.
.
.
Quem sou eu
- Pedrinho
- Barra Bonita, sp, Brazil
- Observador/ Romãntico/ Apaixonado/ Apaixonar-se por Deus é o maior dos romances;Procurá-lo a maior aventura;encontrá-lo a maior de todas as realizações. Filho amado de Deus, sou apaixonado por Cristo. Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim. Eu sou de Cristo e Cristo é de Deus Sou sal da terra e luz de Deus no Mundo.Você pode dizer que sou um sonhador Mas eu não sou o único. Eu espero que algum dia você junte-se a nós E o mundo viverá como um só.
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domingo, 3 de outubro de 2010
1º de uma série de artigos sobre a evangelização
Onde buscar direção?
Muitos de nós discutimos as Escrituras com pessoas, freqüentemente sem ter nenhuma idéia exata de qual seja o nosso objetivo. Ainda que o último alvo seja a conversão delas, é possível que sejamos vagos ou mesmo mal-orientados em como conseguir isso. O que é que queremos fazer com essas pessoas? Queremos que elas se tornem o quê? E como começamos para chegar nesse alvo?
Com certeza não sou nenhum perito no assunto. Homens, e mulheres também, que têm convertido mais pessoas do que eu, com certeza poderiam dizer-lhe coisas de que eu não seria capaz, e com o peso da experiência deles. Eu, contudo, passei muito tempo da minha vida convivendo com as Escrituras, tentando aprender como compreender e ensinar a Bíblia. E, com o passar dos anos, desenvolvi uma filosofia própria a respeito da leitura e do ensino da Palavra. Eu diria que o princípio mais elementar que sustenta todas as minhas tentativas acha-se em 2 Timóteo 3:16-17. Esses versículos apresentam dois pontos principais. Um é a importância de todas as Escrituras. O outro é a suficiência das Escrituras. Creio que alguém que tenha me ouvido ou lido depois de um tempo poderia deduzir serem esses os meus princípios, mesmo sem que eu mencionasse este texto.
Se as Escrituras, de fato, contêm todo o necessário para tornar completos os porta-vozes de Deus, para preparar o homem de Deus para toda boa obra, em que lugar da Bíblia poderíamos encontrar conselho e orientação que nos possibilitem executar a tarefa de evangelização com sabedoria e entendimento? Os textos em que Jesus afirma: "Portanto, vós orareis assim", nos parecem um início lógico para aprendermos a orar. A longa exortação de Paulo aos coríntios acerca da coleta (2 Coríntios 8-9) nos parece a fonte básica para aprendermos a dar. Onde, porém, encontraremos orientação sobre os objetivos da evangelização?
Reflita por alguns minutos, e perceberá que há dois lugares nas Escrituras onde é mais provável encontrar este conselho. Um deles é a comissão apostólica, na qual Jesus dá ordens a seus apóstolos escolhidos ao enviar-lhes ao mundo. Se cuidadosamente lermos os vários relatos dessas ordens, conhecemos todos os fundamentos a respeito do que o Senhor de todo o universo quer que seja realizado no mundo. O outro é o relato da execução dessa comissão por parte dos apóstolos. O registro em Atos nos ensinará muito se, ao lermos, realmente estivermos querendo achar as orientações.
Sei que a comissão, no fim dos evangelhos, pertence sobretudo aos apóstolos e não se dirigia diretamente à igreja; e, por conseguinte, sei que alguns dos pormenores serão mal-interpretados se não levar em conta esse aspecto. (Aliás, não conheço ninguém que de fato pense que todo cristão deva ir "por todo o mundo", e assim a comissão tem sido em grande parte modernizada para uma ordem de enviar dinheiro.)
Por outro lado, será que Jesus ainda quer que todo o mundo seja evangelizado, mesmo após a era apostólica? Em caso afirmativo, então, como pressuponho que os alunos do Novo Testamento admitirão, todos nós, discípulos comuns, que temos alguma coisa que podemos fazer quanto a essa tremenda tarefa, devemos ser capazes de nos voltar para as ordens que Jesus deu aos apóstolos a fim de obter alguma orientação acerca do que Jesus quer exatamente que seja concretizado no mundo.
Já não tenho muito espaço neste artigo. O que farei a seguir é apresentar um resumo dos objetivos que Jesus estabeleceu na comissão apostólica. Enquanto isso, por que não ler e meditar em Mateus 28:16-20; Marcos 16:15-16; Lucas 24:44-49; João 20:21-23 e Atos 1:1-8, a fim de ver se você consegue analisar essas ordens apostólicas em algumas categorias básicas? Lembre-se: você está procurando o que Jesus queria ver realizado no mundo. Os resultados da minha análise conduzem a três objetivos principais. Veja se o seu resultado confere com o meu.
Nos anos recentes, contudo, além de usar essa comissão como parte de um manual de treinamento para obreiros (É só uma idéia! Não escreva pedindo!), também recorri esse material como ponto de partida para as minhas explicações do cristianismo aos de fora. Não é lógico? Se Jesus está aqui dando orientações sobre o que deseja ver realizado no mundo, isso não nos fala do que seja de fato o verdadeiro cristianismo?2º de uma série de artigos sobre a evangelização
Os objetivos da evangelização
Aonde recorreremos para obter conselho e instrução acerca da obra de evangelizar o mundo? A comissão apostólica é o ponto de partida. Isso porque ela contém as ordens que Jesus deu aos seus apóstolos escolhidos ao enviá-los ao mundo. Ela apresenta a vontade dele — o que o Senhor de todo o universo queria ver executado no mundo. Embora não sejamos apóstolos, se somos encarregados de alguma outra forma das mesmas responsabilidades, então com certeza podemos encontrar nas ordens que Jesus deu aos discípulos o conselho para nos orientar.
Gostaria de examinar os vários relatos dessas ordens, dadas no decorrer de 40 dias (veja Atos 1:3), para ver o que se pode aprender. Diferentes textos expressam dessa ou daquela forma essas ordens, ressaltando esses ou aqueles aspectos. Mas me parece que as ordens de Jesus podem ser dispostas em três categorias. O que Jesus queria que se fizesse?
O relato de Mateus mostra uma coisa: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações..." (Mateus 28:19). A Versão Revista e Corrigida traz "ensinai", mas a palavra grega não é o termo para "ensinar" usado mais tarde no texto. A Versão Revista e Atualizada (2ª Edição) corretamente troca o primeiro "ensinai" por "fazei discípulos". Então, era isso que Jesus queria que se fizesse — ele queria que as nações entrassem num relacionamento pessoal com ele; queria que se tornassem seus discípulos.
Marcos 16:15-16 apresenta o segundo elemento: "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura". Jesus queria que o evangelho fosse pregado em todo o mundo.
O relato de Lucas (24:44-49), na verdade, não acrescenta nenhuma outra categoria principal. "Arrependimento para remissão de pecados" como o assunto da pregação é apenas uma expressão alternativa da essência do evangelho. As boas novas dizem respeito ao "arrependimento para remissão de pecados". A forma de expressão de Lucas em geral, no entanto, sugere outro ponto ao qual retornarei adiante.
O registro de João contém um relato do envio dos apóstolos (João 20:21-23), mas também aqui não apresenta nenhuma categoria nova. Os apóstolos tinham a autorização para perdoar ou não os pecados —basicamente, declarar as condições para o perdão dos pecados— mas Marcos 16:16 e Lucas 24:47 já mostraram quais pessoas seriam perdoadas e quais não, pelas condições estipuladas por Cristo. Se quiser mais, consulte a pregação dos apóstolos em Atos (Atos 2:38; 3:19; etc.).
A seção de abertura de Atos sobrepõe-se ao desfecho de Lucas e também se refere à incumbência apostólica. Atos 1:8 acrescenta ainda outra categoria: "...e sereis minhas testemunhas...." Não somos, naturalmente, testemunhas como eram os apóstolos (Atos 1:3,21-22). Contudo, se pretendemos realizar a tarefa de evangelizar o mundo atual, devemos estar preparados para enfrentar um mundo incrédulo com o testemunho dos apóstolos no que se refere à ressurreição de Jesus Cristo. Era esse testemunho que deveria levar o mundo a crer (João 17:20; 20:30-31; Romanos 10:17).
Desse modo, para resumir, se você deseja usar os seus talentos a serviço do evangelho, você não precisa saber tudo no mundo. Mas deve ser capaz de explicar o discipulado e fazer discípulos das pessoas. Você precisa compreender o caminho da salvação apresentado no evangelho e ser capaz de explicá-lo. E deve ser capaz de apresentar a defesa que os apóstolos fizeram a favor da ressurreição. Esse resumo, pelo menos, estreita o terreno e mostra as áreas em que o preparo precisa ser feito. Eu lhe direi o que sei sobre essas três categorias em alguns dos artigos que se seguem.
Mas deixei fora dois pontos. Embora não pudessem ser chamadas "ordens" de Jesus, são, na verdade, questões importantes que formam o fundamento da comissão e a tornam inteligível. Além disso, mostram outras áreas de preparo que podem ser úteis.
A primeira é a autoridade do Messias (Mateus 28:18). Quem é esse que dá ordens às pessoas e exige que obedeçam a tudo o que ordena? É o Senhor de todo o universo, que detém toda autoridade, no céu e na terra. Normalmente trabalho com esse aspecto ao mesmo tempo que faço a defesa da ressurreição que demonstra que Jesus era (e é).
Depois observe que o relato de Lucas não trata a comissão como uma ordem, mas a incorpora numa explicação sobre o que está escrito no Antigo Testamento (Lucas 24:44-47). Tanto o sofrimento, a morte e a ressurreição do Messias quanto a pregação de arrependimento e remissão se mostram a serem cumprimento do Antigo Testamento. Isso denota a idéia de um propósito divino, um supremo e "eterno propósito" (Efésios 3:11), e me parece indicar outra área em que devemos nos preparar se quisermos tornar o cristianismo inteligível aos nossos alunos.3º de uma série de artigos sobre a evangelização
O propósito dos séculos
A comissão que Jesus deu aos seus apóstolos mostra as áreas em que os que anunciam boas novas precisam se preparar, se desejam cumprir o propósito dele no mundo (veja a defesa dessa posição nos artigos sobre evangelização nos dois números anteriores).
O relato de Lucas acerca da comissão (24:44-47) não assume a forma de ordem. Antes, a narrativa ressalta o cumprimento da profecia do Antigo Testamento. Duas coisas são "escritas": Œ o Messias sofreria e ressurgiria dos mortos, e o arrependimento e a remissão deveriam ser pregados em seu nome a todas as nações. Ambas as coisas eram, então, o cumprimento de um propósito divino revelado de antemão no Antigo Testamento. Efésios trata em detalhe desse conceito, notando que esse propósito estava na mente de Deus "antes da fundação do mundo" (1:3-14); estava oculto na mente de Deus há séculos, mas agora foi revelado aos apóstolos e aos profetas por meio do Espírito Santo e encontra cumprimento na igreja (3:1-13). Paulo o chama "o eterno propósito" (3:11).
Esse supremo propósito dos séculos é o que forma o fundamento da comissão feita aos apóstolos. O cristianismo não pode ser plenamente compreendido sem que se remeta a ele. O relato de Lucas, portanto, mostrava uma área de preparo que as pessoas que ensinam a palavra precisam fazer.
A Bíblia é, aliás, o registro do desvendar gradativo na História do plano de Deus de trazer redenção ao mundo. Mas, antes de comprovar essa questão, primeiro devo me dirigir ao assunto da razão do mundo ser como é — carente de redenção.
"Por quê? Por quê? Por quê?" tem sido o clamor de toda geração de gente sofrida e frustrada. Por que tanto sofrimento? Mais ainda, por que o sofrimento dos bons? Por que tanta injustiça? Por que tanta dureza? Com certeza, algo está errado. A Bíblia reconhece esse fato e dá uma explicação.
Deus não criou o mundo desordenado. Em cada etapa da Criação, Deus olhou a obra da sua mão e reconheceu que era boa (Gênesis 1:4,10,12,18,21,25). Seu veredicto final sobre tudo foi que "era muito bom" (Gênesis 1:31).
Mas Gênesis 1 seguiu-se de Gênesis 2 e 3. O homem foi colocado no paraíso do Éden com todas as necessidades satisfeitas e com uma liberdade quase ilimitada. Uma proibição, porém, lhe foi feita para o testar (Gênesis 2:16-17). A ordem era simples. Não tinha por objetivo pôr à prova a inteligência do homem. Só haveria um assunto em jogo: ele obedecerá ou não? A falha de Adão seria um ato de rebeldia contra um Criador amoroso e misericordioso.
É óbvio que Adão e Eva caíram, e Gênesis 3 é o registro dessa falta de confiança em Jeová e da rebelião deles contra ele. As conseqüências foram rapidamente sentenciadas: dor, sofrimento, endurecimento e, por último, a morte. Foi assim que o homem escolheu o caminho da rebeldia.
E isso explica por que o mundo é como é. É um mundo debaixo da maldição divina por causa da rebelião da criatura contra o Criador.
As conseqüências daquele primeiro ato de rebeldia estende-se aos descendentes de Adão. Eles nasceriam longe da árvore da vida e sujeitos à morte. Antes de protestarmos contra a justiça de Deus, devemo-nos lembrar de que cada descendente de Adão, assim que souber "desprezar o mal e escolher o bem" (Deuteronômio 1:39; Isaías 7:15-17), realiza um ato semelhante de rebeldia contra Deus (Romanos 3:9-12). Se qualquer um de nós tivesse representado a raça, o resultado não teria sido diferente. Eclesiastes 7:29 resume os fatos: "Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias".
Além disso, a Bíblia deixa claro que, se essa rebeldia da criatura contra o Criador persistir até o fim, a conseqüência será uma separação eterna da criatura em relação ao Criador e em relação a todo o bem que procede dele — a "segunda morte", como é chamada em Apocalipse 2:11; 20:6,10,14-15 e 21:8.
Mas Deus acha-se no trono, e o seu propósito de criar o mundo não será frustrado. Mesmo em meio às maldições de Gênesis 3, o Criador misericordioso lança o primeiro raio de esperança (Gênesis 3:15).
O restante da Bíblia registra os passos que Deus deu na História para efetuar a redenção no mundo. Mas teremos que ver isso no próximo artigo desta série.
Onde buscar direção?
Muitos de nós discutimos as Escrituras com pessoas, freqüentemente sem ter nenhuma idéia exata de qual seja o nosso objetivo. Ainda que o último alvo seja a conversão delas, é possível que sejamos vagos ou mesmo mal-orientados em como conseguir isso. O que é que queremos fazer com essas pessoas? Queremos que elas se tornem o quê? E como começamos para chegar nesse alvo?
Com certeza não sou nenhum perito no assunto. Homens, e mulheres também, que têm convertido mais pessoas do que eu, com certeza poderiam dizer-lhe coisas de que eu não seria capaz, e com o peso da experiência deles. Eu, contudo, passei muito tempo da minha vida convivendo com as Escrituras, tentando aprender como compreender e ensinar a Bíblia. E, com o passar dos anos, desenvolvi uma filosofia própria a respeito da leitura e do ensino da Palavra. Eu diria que o princípio mais elementar que sustenta todas as minhas tentativas acha-se em 2 Timóteo 3:16-17. Esses versículos apresentam dois pontos principais. Um é a importância de todas as Escrituras. O outro é a suficiência das Escrituras. Creio que alguém que tenha me ouvido ou lido depois de um tempo poderia deduzir serem esses os meus princípios, mesmo sem que eu mencionasse este texto.
Se as Escrituras, de fato, contêm todo o necessário para tornar completos os porta-vozes de Deus, para preparar o homem de Deus para toda boa obra, em que lugar da Bíblia poderíamos encontrar conselho e orientação que nos possibilitem executar a tarefa de evangelização com sabedoria e entendimento? Os textos em que Jesus afirma: "Portanto, vós orareis assim", nos parecem um início lógico para aprendermos a orar. A longa exortação de Paulo aos coríntios acerca da coleta (2 Coríntios 8-9) nos parece a fonte básica para aprendermos a dar. Onde, porém, encontraremos orientação sobre os objetivos da evangelização?
Reflita por alguns minutos, e perceberá que há dois lugares nas Escrituras onde é mais provável encontrar este conselho. Um deles é a comissão apostólica, na qual Jesus dá ordens a seus apóstolos escolhidos ao enviar-lhes ao mundo. Se cuidadosamente lermos os vários relatos dessas ordens, conhecemos todos os fundamentos a respeito do que o Senhor de todo o universo quer que seja realizado no mundo. O outro é o relato da execução dessa comissão por parte dos apóstolos. O registro em Atos nos ensinará muito se, ao lermos, realmente estivermos querendo achar as orientações.
Sei que a comissão, no fim dos evangelhos, pertence sobretudo aos apóstolos e não se dirigia diretamente à igreja; e, por conseguinte, sei que alguns dos pormenores serão mal-interpretados se não levar em conta esse aspecto. (Aliás, não conheço ninguém que de fato pense que todo cristão deva ir "por todo o mundo", e assim a comissão tem sido em grande parte modernizada para uma ordem de enviar dinheiro.)
Por outro lado, será que Jesus ainda quer que todo o mundo seja evangelizado, mesmo após a era apostólica? Em caso afirmativo, então, como pressuponho que os alunos do Novo Testamento admitirão, todos nós, discípulos comuns, que temos alguma coisa que podemos fazer quanto a essa tremenda tarefa, devemos ser capazes de nos voltar para as ordens que Jesus deu aos apóstolos a fim de obter alguma orientação acerca do que Jesus quer exatamente que seja concretizado no mundo.
Já não tenho muito espaço neste artigo. O que farei a seguir é apresentar um resumo dos objetivos que Jesus estabeleceu na comissão apostólica. Enquanto isso, por que não ler e meditar em Mateus 28:16-20; Marcos 16:15-16; Lucas 24:44-49; João 20:21-23 e Atos 1:1-8, a fim de ver se você consegue analisar essas ordens apostólicas em algumas categorias básicas? Lembre-se: você está procurando o que Jesus queria ver realizado no mundo. Os resultados da minha análise conduzem a três objetivos principais. Veja se o seu resultado confere com o meu.
Nos anos recentes, contudo, além de usar essa comissão como parte de um manual de treinamento para obreiros (É só uma idéia! Não escreva pedindo!), também recorri esse material como ponto de partida para as minhas explicações do cristianismo aos de fora. Não é lógico? Se Jesus está aqui dando orientações sobre o que deseja ver realizado no mundo, isso não nos fala do que seja de fato o verdadeiro cristianismo?2º de uma série de artigos sobre a evangelização
Os objetivos da evangelização
Aonde recorreremos para obter conselho e instrução acerca da obra de evangelizar o mundo? A comissão apostólica é o ponto de partida. Isso porque ela contém as ordens que Jesus deu aos seus apóstolos escolhidos ao enviá-los ao mundo. Ela apresenta a vontade dele — o que o Senhor de todo o universo queria ver executado no mundo. Embora não sejamos apóstolos, se somos encarregados de alguma outra forma das mesmas responsabilidades, então com certeza podemos encontrar nas ordens que Jesus deu aos discípulos o conselho para nos orientar.
Gostaria de examinar os vários relatos dessas ordens, dadas no decorrer de 40 dias (veja Atos 1:3), para ver o que se pode aprender. Diferentes textos expressam dessa ou daquela forma essas ordens, ressaltando esses ou aqueles aspectos. Mas me parece que as ordens de Jesus podem ser dispostas em três categorias. O que Jesus queria que se fizesse?
O relato de Mateus mostra uma coisa: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações..." (Mateus 28:19). A Versão Revista e Corrigida traz "ensinai", mas a palavra grega não é o termo para "ensinar" usado mais tarde no texto. A Versão Revista e Atualizada (2ª Edição) corretamente troca o primeiro "ensinai" por "fazei discípulos". Então, era isso que Jesus queria que se fizesse — ele queria que as nações entrassem num relacionamento pessoal com ele; queria que se tornassem seus discípulos.
Marcos 16:15-16 apresenta o segundo elemento: "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura". Jesus queria que o evangelho fosse pregado em todo o mundo.
O relato de Lucas (24:44-49), na verdade, não acrescenta nenhuma outra categoria principal. "Arrependimento para remissão de pecados" como o assunto da pregação é apenas uma expressão alternativa da essência do evangelho. As boas novas dizem respeito ao "arrependimento para remissão de pecados". A forma de expressão de Lucas em geral, no entanto, sugere outro ponto ao qual retornarei adiante.
O registro de João contém um relato do envio dos apóstolos (João 20:21-23), mas também aqui não apresenta nenhuma categoria nova. Os apóstolos tinham a autorização para perdoar ou não os pecados —basicamente, declarar as condições para o perdão dos pecados— mas Marcos 16:16 e Lucas 24:47 já mostraram quais pessoas seriam perdoadas e quais não, pelas condições estipuladas por Cristo. Se quiser mais, consulte a pregação dos apóstolos em Atos (Atos 2:38; 3:19; etc.).
A seção de abertura de Atos sobrepõe-se ao desfecho de Lucas e também se refere à incumbência apostólica. Atos 1:8 acrescenta ainda outra categoria: "...e sereis minhas testemunhas...." Não somos, naturalmente, testemunhas como eram os apóstolos (Atos 1:3,21-22). Contudo, se pretendemos realizar a tarefa de evangelizar o mundo atual, devemos estar preparados para enfrentar um mundo incrédulo com o testemunho dos apóstolos no que se refere à ressurreição de Jesus Cristo. Era esse testemunho que deveria levar o mundo a crer (João 17:20; 20:30-31; Romanos 10:17).
Desse modo, para resumir, se você deseja usar os seus talentos a serviço do evangelho, você não precisa saber tudo no mundo. Mas deve ser capaz de explicar o discipulado e fazer discípulos das pessoas. Você precisa compreender o caminho da salvação apresentado no evangelho e ser capaz de explicá-lo. E deve ser capaz de apresentar a defesa que os apóstolos fizeram a favor da ressurreição. Esse resumo, pelo menos, estreita o terreno e mostra as áreas em que o preparo precisa ser feito. Eu lhe direi o que sei sobre essas três categorias em alguns dos artigos que se seguem.
Mas deixei fora dois pontos. Embora não pudessem ser chamadas "ordens" de Jesus, são, na verdade, questões importantes que formam o fundamento da comissão e a tornam inteligível. Além disso, mostram outras áreas de preparo que podem ser úteis.
A primeira é a autoridade do Messias (Mateus 28:18). Quem é esse que dá ordens às pessoas e exige que obedeçam a tudo o que ordena? É o Senhor de todo o universo, que detém toda autoridade, no céu e na terra. Normalmente trabalho com esse aspecto ao mesmo tempo que faço a defesa da ressurreição que demonstra que Jesus era (e é).
Depois observe que o relato de Lucas não trata a comissão como uma ordem, mas a incorpora numa explicação sobre o que está escrito no Antigo Testamento (Lucas 24:44-47). Tanto o sofrimento, a morte e a ressurreição do Messias quanto a pregação de arrependimento e remissão se mostram a serem cumprimento do Antigo Testamento. Isso denota a idéia de um propósito divino, um supremo e "eterno propósito" (Efésios 3:11), e me parece indicar outra área em que devemos nos preparar se quisermos tornar o cristianismo inteligível aos nossos alunos.3º de uma série de artigos sobre a evangelização
O propósito dos séculos
A comissão que Jesus deu aos seus apóstolos mostra as áreas em que os que anunciam boas novas precisam se preparar, se desejam cumprir o propósito dele no mundo (veja a defesa dessa posição nos artigos sobre evangelização nos dois números anteriores).
O relato de Lucas acerca da comissão (24:44-47) não assume a forma de ordem. Antes, a narrativa ressalta o cumprimento da profecia do Antigo Testamento. Duas coisas são "escritas": Œ o Messias sofreria e ressurgiria dos mortos, e o arrependimento e a remissão deveriam ser pregados em seu nome a todas as nações. Ambas as coisas eram, então, o cumprimento de um propósito divino revelado de antemão no Antigo Testamento. Efésios trata em detalhe desse conceito, notando que esse propósito estava na mente de Deus "antes da fundação do mundo" (1:3-14); estava oculto na mente de Deus há séculos, mas agora foi revelado aos apóstolos e aos profetas por meio do Espírito Santo e encontra cumprimento na igreja (3:1-13). Paulo o chama "o eterno propósito" (3:11).
Esse supremo propósito dos séculos é o que forma o fundamento da comissão feita aos apóstolos. O cristianismo não pode ser plenamente compreendido sem que se remeta a ele. O relato de Lucas, portanto, mostrava uma área de preparo que as pessoas que ensinam a palavra precisam fazer.
A Bíblia é, aliás, o registro do desvendar gradativo na História do plano de Deus de trazer redenção ao mundo. Mas, antes de comprovar essa questão, primeiro devo me dirigir ao assunto da razão do mundo ser como é — carente de redenção.
"Por quê? Por quê? Por quê?" tem sido o clamor de toda geração de gente sofrida e frustrada. Por que tanto sofrimento? Mais ainda, por que o sofrimento dos bons? Por que tanta injustiça? Por que tanta dureza? Com certeza, algo está errado. A Bíblia reconhece esse fato e dá uma explicação.
Deus não criou o mundo desordenado. Em cada etapa da Criação, Deus olhou a obra da sua mão e reconheceu que era boa (Gênesis 1:4,10,12,18,21,25). Seu veredicto final sobre tudo foi que "era muito bom" (Gênesis 1:31).
Mas Gênesis 1 seguiu-se de Gênesis 2 e 3. O homem foi colocado no paraíso do Éden com todas as necessidades satisfeitas e com uma liberdade quase ilimitada. Uma proibição, porém, lhe foi feita para o testar (Gênesis 2:16-17). A ordem era simples. Não tinha por objetivo pôr à prova a inteligência do homem. Só haveria um assunto em jogo: ele obedecerá ou não? A falha de Adão seria um ato de rebeldia contra um Criador amoroso e misericordioso.
É óbvio que Adão e Eva caíram, e Gênesis 3 é o registro dessa falta de confiança em Jeová e da rebelião deles contra ele. As conseqüências foram rapidamente sentenciadas: dor, sofrimento, endurecimento e, por último, a morte. Foi assim que o homem escolheu o caminho da rebeldia.
E isso explica por que o mundo é como é. É um mundo debaixo da maldição divina por causa da rebelião da criatura contra o Criador.
As conseqüências daquele primeiro ato de rebeldia estende-se aos descendentes de Adão. Eles nasceriam longe da árvore da vida e sujeitos à morte. Antes de protestarmos contra a justiça de Deus, devemo-nos lembrar de que cada descendente de Adão, assim que souber "desprezar o mal e escolher o bem" (Deuteronômio 1:39; Isaías 7:15-17), realiza um ato semelhante de rebeldia contra Deus (Romanos 3:9-12). Se qualquer um de nós tivesse representado a raça, o resultado não teria sido diferente. Eclesiastes 7:29 resume os fatos: "Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias".
Além disso, a Bíblia deixa claro que, se essa rebeldia da criatura contra o Criador persistir até o fim, a conseqüência será uma separação eterna da criatura em relação ao Criador e em relação a todo o bem que procede dele — a "segunda morte", como é chamada em Apocalipse 2:11; 20:6,10,14-15 e 21:8.
Mas Deus acha-se no trono, e o seu propósito de criar o mundo não será frustrado. Mesmo em meio às maldições de Gênesis 3, o Criador misericordioso lança o primeiro raio de esperança (Gênesis 3:15).
O restante da Bíblia registra os passos que Deus deu na História para efetuar a redenção no mundo. Mas teremos que ver isso no próximo artigo desta série.