A maioria de nós quer manter junto as coisas, as pessoas e as situações que já fazem parte de nossas vidas, porque isso transmite certa sensação de segurança. Porém, na ânsia de tentarmos controlar o mundo à nossa volta, acabamos muitas vezes nos esquecendo de refletir sobre a real necessidade de tudo aquilo que queremos próximo de nós. Custa-nos enfrentar a quebra de paradigmas, o abalo de nossas certezas, o confronto com aquilo que vem de encontro às nossas verdades. Preferimos, na maior parte das vezes, confinar nossas vidas dentro dos limites de nossa zona de conforto, de onde parecemos ter o controle de tudo, onde temos a falsa sensação de serenidade, uma vez que a vida clama por mudanças e elas virão, queiramos ou não.
Instalados comodamente sobre nossas frágeis certezas absolutas,
tornamo-nos insensíveis ao que mantemos junto sem razão alguma, ao que
nos emperra o caminhar, ao que nos diminui e não soma nada, apenas
subtrai.
É mais fácil fechar os olhos aos incômodos que carregamos aos trancos e
barrancos do que tomar a iniciativa de nos livrar do que parece seguro,
mas na verdade é frágil, nocivo e vazio de significância.
A cada novo dia, afinal, podemos nos reencontrar com a possibilidade de
sermos felizes, dependendo tão somente de nós mesmos partir em busca de
nossos sonhos, de preferência nos despedindo dos pesos inúteis que
atrapalham os sorrisos que temos o direito de estampar em nossos
rostos.Porque sorrir com verdade e com amor é e sempre será o nosso mais
precioso combustível de vida.