Por que um coração escolhe o outro. Há coisas para as quais não temos respostas, nem explicações. Às vezes o amor toma conta da gente sem pedir licença. Chega devagarzinho, muitas vezes disfarçado, invade e pronto: se instala!
Ele contraria nossas regras, às vezes mesmo nossos gostos. Muda nossos hábitos.
Torna adolescentes em adultos e velhos em adolescentes: não existe regra, não existe idade. Se é surpresa para corações jovens, para os mais vividos é um presente dos céus, pois chegou na hora em que não se acreditava mais possível. A esse é dado mais valor, nem mesmo tem preço.
Ele nos faz andar sem ter os pés na terra, nos dá asas, nos transporta e muitas vezes nos fere. Mas de ferida boa, dessas que a gente sofre mas conhece o remédio. Ah! E esse remédio!… Cura tudo, esquece tudo. A raiva da manhã já não tem mais o mesmo sentido à noite. O amor passa esponja como ninguém, só ele mesmo é que conta.
E esse amor que nos libera e nos deixa cativos é também a razão da nossa esperança, porque nos motiva, nos incita a ir mais além, nos dá força e coragem, mesmo se às vezes parece nos deixar débeis e frágeis. Mas ele é contraditório e, por isso mesmo, fascinante. Com ele vivemos; sem ele, apenas passamos pela vida.