A fila no estabelecimento bancário estava enorme. Poucos funcionários. Dia de pagamento.
A fila aumentava e a impaciência tomava conta de alguns
Uma senhora distinta se aproxima do caixa. Afinal, chegara sua vez. O jovem bancário, se dispõe atendê-la.
Ela coloca sua bolsa, com absoluta calma, sobre o balcão do caixa. Sem pressa, abre o zíper e com todo vagar busca dentro dela os carnês que deve pagar.
Vira, revira e, finalmente retira um bloqueto de cobrança e um carnê.
Enquanto ele soma, ela procura vagarosamente, o cartão. Entrega-o ao rapaz, que aguarda, ansioso, verificando que a fila não pára de se alongar.
Ela ajeita os óculos para digitar a senha e quanto já tem nas mãos tudo quitado e autenticado, retorna o cartão ao caixa, pedindo que proceda a uma retirada.
Ele se prontifica, executa a operação e no momento que lhe passa o dinheiro, ela resolve alterar o valor, solicitando um tanto mais.
As pessoas tudo observam, expressando impaciência, consultando o relógio.
Finalmente, ela pega tudo, sem arredar um milímetro de frente ao caixa, impedindo a aproximação de outro cliente.
A senhora prossegue no seu egoísmo, sem se importar com os outros, pensando somente em si mesma, como se fosse o único ser vivente no planeta.
Mas esta forma de egoísmo não é a única. Outras existem e, quando se apresenta na inteligência, toma o aspecto de vaidade intelectual.
Na ignorância, é a agressividade. Na pobreza, é a inveja que destrói, na tristeza é o isolamento.
O egoísmo, onde se manifeste, usa as mais diversas máscaras. Como o joio que abafa o trigo, comparece igualmente nos corações que a luz já felicita, em forma de cólera e irritação, desânimo e secura.
Se desejamos combater esta praga, saiba estender, cada dia, as suas disposições de mais amplo serviço ao próximo, aprendendo a ceder de você mesmo para o bem de todos.
Você sabia que o egoísmo é herança evidente de nossa antiga animalidade?
E que é por este motivo que o vemos repontar em toda extensão do Mundo?
E que a plenitude do amor somente pode ser alcançada com humildade e sacrifício?