CCAC...Comunidade Católica Adoradores De Cristo
Deus não vai reduzir a doutrina dele para se adequar a você porque não é ele que tem que se adequar a você é você que tem que se adequar a vontade de Deus.
O meu agir revela a quem eu sirvo
Você é o resultado das suas escolhas
.
.
Não Oro para que Deus faça a minha vontade, mas para que eu me adeque a vontade dele.
Ore não por uma vida fácil, mas pra ter forças para aguentar uma vida difícil.
Não conte suas guerras para os outros, poucos vão querer te ajudar e a maioria só está curiosa.Conte suas guerras para Deus,ele te ajuda a vencê-las.
.
.
Quem sou eu
- Pedrinho
- Barra Bonita, sp, Brazil
- Observador/ Romãntico/ Apaixonado/ Apaixonar-se por Deus é o maior dos romances;Procurá-lo a maior aventura;encontrá-lo a maior de todas as realizações. Filho amado de Deus, sou apaixonado por Cristo. Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim. Eu sou de Cristo e Cristo é de Deus Sou sal da terra e luz de Deus no Mundo.Você pode dizer que sou um sonhador Mas eu não sou o único. Eu espero que algum dia você junte-se a nós E o mundo viverá como um só.
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quinta-feira, 21 de abril de 2011
ENTRE O ‘EU’ E OS ‘OUTROS A solidão
A solidão é a ferida da alma. Ela se
revela no aprisionamento do coração humano em sofrimentos silenciosos,
lágrimas constantes e remorsos culposos. Trata-se de uma emoção
agressiva, uma vez que destrói a pessoa a partir de seu interior. Junto à
solidão também está o vazio existencial e o isolamento recorrente. Já
não há mais espaço para ser sociável, pois a pessoa se sente,
completamente, fragmentada. A solidão é o sentimento pelo qual o
indivíduo perde o contato consigo mesmo e até com suas emoções mais
vitais. Eis aquela força operante, capaz de destruir motivações
pessoais, ao agir como uma espécie de câncer para a consciência. Em
síntese, a solidão é má por natureza!
Dentre várias manifestações, a
ausência de pessoas também é uma forma de solidão, mesmo que suscitada
pela carência. Aqui há um destaque especial para alguém chamado ‘outro’.
Por mais que não percebamos, somos dependentes daqueles que estão à
nossa volta. Se todos compreendessem esta real dependência não haveria
um determinismo para o sentimento de autosuficiência. Seríamos mais
resolvidos ao aceitar que necessitamos dos outros, não de forma
infantil, mas, sobretudo, de maneira adulta, ao perceber que não podemos
fazer tudo sozinhos. Trancafiado em si, ninguém é feliz! A realização
pessoal nasce quando emitimos passos concretos na direção das pessoas:
perdoando-as e amando-as como elas são e não como gostaríamos que elas
fossem.
O outro é a figura que surge para
diferenciar e completar, seja na vida eclesial e profissional, seja na
afetiva ou intelectual. O outro é alguém desigual, distinto e
dessemelhante de mim e também de você. Ele possui uma forma única de
agir e um modo, exclusivamente, diverso de pensar. Há uma disparidade
visível entre o ‘eu’ e o ‘outro’. Por isso, faz bem compreender o outro a
partir do outro e não como extensão de si. O grande problema nos
relacionamentos, em suas mais variadas esferas, acontece quando
abarcamos as demais pessoas mediante nossas vontades e ideias. Assim,
projeta-se em alguém o que ele não é. Cria-se um personagem, que foge à
realidade, porque não passa de uma invenção, devido à incapacidade de
aceitar alguém que difere de nós.
Só tornamo-nos “sujeitos a partir do
outro” (Emerson Arruda). Na verdade, “ninguém é sujeito na solidão
[...], sempre se é sujeito entre outros sujeitos: o sentido da vida
humana não é um monólogo, mas provém do intercâmbio de sentidos [...]”
(Savater). O outro é capaz de gerar em nós uma séria de emoções em
cadeia. À medida que nos esforçamos para reconhecê-lo em sua
singularidade nasce o dom da empatia: aquela disposição de sentir em si
as emoções de outrem. Em decorrência também aparece a autencidade. Ela
motiva a atitude nobre de arrancar máscaras e abandonar personagens.
Quando se é seguro de si, não há necessidade de interpretar papéis. Uma
coisa é ser afetuoso, outra é querer agradar a todos. Ser autêntico
exige maturidade. Por isso, é fundamental ouvir aquela voz interior que
nos diz: “Torne-te aquilo que és!” (Nietzsche) Seja, simplesmente, você!
No olhar do ‘outro’ o ‘eu’ se
reconhece. Assim, é capaz de confirmar sua identidade, na revelação de
si, a partir de outrem. O existencialismo cristão já nos ensina que a
pessoa é uma substância incompleta e só torna humana na medida em que se
relaciona. “A existência humana é, em seu nível mais fundamental,
inerentemente, relacional. [...] Tanto no amor como na amizade, um
ingresso de um no outro e não somente uma postura de um ao lado do
outro” (Terezinha Perez).
Tenhamos o coração aberto para
acolher todas as pessoas que entrarem em nossas vidas, no intuito de
imprimir em seus corações, a marca do amor do Pai Eterno. Sejamos
mensageiros desta boa-nova, apta a curar vidas e restaurar existências.
Vale a pena fazer do cotidiano uma experiência de encontro consigo, a
partir do outro. Não temos nada a perder ao adentrar nesta experiência
plena e fecunda!