Todos erramos querendo acertar.
Excepcionalmente, algumas pessoas podem cometer erros conscientemente, mas ainda assim, buscam a felicidade, de forma desesperada, mas buscam.
Achamos desculpas para convencer os outros e nem sempre, convencemos nosso coração. Mas insistimos...
Acontece de cometermos erros imperdoáveis, não aos outros, mas a nós.
Esses mesmos erros que nos fazem querer não ter existido por um momento.
Nos cegamos voluntariamente, sem termos consciência do quanto isso pode nos custar.
As más decisões não têm retorno, os gestos cometidos não têm volta e as palavras ditas se foram.
É justamente quando conhecemos nossos erros e nossas culpas que os evitaremos depois.
Aprendemos que todo mundo erra, todo mundo acerta, todo mundo se arrepende e quer voltar atrás; todo mundo chora algo perdido ou uma decisão errada; todo mundo já se sentiu a pessoa mais infeliz e pequenininha em um momento ou um outro e quis esconder-se até de si mesmo.
Ser maduro, completo e sábio, não é ser infalível.
O mundo é feito de seres humanos, corações e sentimentos e não de super-heróis.
Ser maduro é buscar o melhor do que vivemos, acreditar que Deus perdoa falhas, compreende nossas buscas e nos reconforta a cada queda.
Ser maduro não é evitar as flores que têm espinhos, mas redobrar de cuidado ao colhê-las, conhecer os perigos e não se deixar dominar pelo medo; é viver, consciente de que, se não andamos, não chegamos a lugar nenhum e se erramos, temos direito sim a uma segunda, mesmo uma terceira chance.
Porque nada há mais no mundo, que Deus deseje do que a nossa felicidade.
© Letícia Thompson