“De Quanta Terra um Homem Necessita?” de Leon Tolstoi
Pahóm, um peregrino queria a todo custo, ter seu próprio pedaço de terra.
- Se eu tiver terra suficiente, eu não terei medo de nada, dizia ele.
E apareceram oportunidades para que Pahóm obtivesse mais e mais terra. Mas ele nunca se satisfazia,
e resolveu mudar-se para as regiões desabitadas do interior da Rússia nessa sua busca incessante.
Lá, o chefe da região lhe deu um desafio enorme.
Ele poderia começar a caminhar de manhã e poderia ficar com a terra que
ele conseguisse circular até o entardecer.
Ele saiu ao amanhecer e, motivado por ganância, tentou circular uma enorme extensão de floresta.
Ele chegou trôpego ao ponto inicial no final do dia, exausto.
Quando suas mãos tocaram a linha de chegada, ele caiu no chão.
Pahóm estava morto!
Tolstoi concluiu com estas palavras:
“Do topo de sua cabeça até seus calcanhares, 1m90cm de
terra, era tudo que ele precisava”.
Quando estamos obcecados com a aquisição de bem estamos escolhendo o
caminho errado.
Nosso objetivo maior deve ser dar, não obter.
Afinal, o que levamos desta vida?
Não que não devamos lutar para ter conforto, aproveitar a vida de forma equilibrada, mas obsessão é errar o alvo, pois nos rouba o tempo que podemos gastar com as pessoas importantes da nossa vida porque estamos “correndo atrás do vento”.