CCAC...Comunidade Católica Adoradores De Cristo
Deus não vai reduzir a doutrina dele para se adequar a você porque não é ele que tem que se adequar a você é você que tem que se adequar a vontade de Deus.
O meu agir revela a quem eu sirvo
Você é o resultado das suas escolhas
.
.
Não Oro para que Deus faça a minha vontade, mas para que eu me adeque a vontade dele.
Ore não por uma vida fácil, mas pra ter forças para aguentar uma vida difícil.
Não conte suas guerras para os outros, poucos vão querer te ajudar e a maioria só está curiosa.Conte suas guerras para Deus,ele te ajuda a vencê-las.
.
.
Quem sou eu
- Pedrinho
- Barra Bonita, sp, Brazil
- Observador/ Romãntico/ Apaixonado/ Apaixonar-se por Deus é o maior dos romances;Procurá-lo a maior aventura;encontrá-lo a maior de todas as realizações. Filho amado de Deus, sou apaixonado por Cristo. Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim. Eu sou de Cristo e Cristo é de Deus Sou sal da terra e luz de Deus no Mundo.Você pode dizer que sou um sonhador Mas eu não sou o único. Eu espero que algum dia você junte-se a nós E o mundo viverá como um só.
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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
A Reforma Luterana - Parte 2
19. Mas, seja lá como for que ela tenha ocorrido, você não pode negar a realidade da conversão de Lutero.
Não nego que lhe haja sobrevindo uma mudança quatro ou cinco anos depois da sua visita a Roma, e que, ao passo que ele foi católico até ser finalmente excomungado pela Igreja em 1520, de então por diante foi protestante. Mas nego que essa mudança tenha sido uma conversão sobrenatural devida à graça de Deus. Lutero fracassara na sua própria vida em viver conformemente aos ideais de santidade que a Igreja Católica lhe apresentara. Para alcançar a paz de espírito nos seus próprios baixos ideais, ele persuadiu-se de que a Igreja estava errada exigindo quaisquer boas obras. Convenceu-se de que o homem é totalmente depravado, de que ele não tem livre arbítrio, e de que Deus não espera que o homem seja outra coisa senão depravado. Então inventou o consolador evangelho de que o homem é salvo pela fé somente, e não pelas obras. Crença, e não bom proceder, foi de então por diante o segredo da salvação ensinado por Martinho Lutero.
20. Lutero não foi um bravo em seguir as suas convicções a despeito da oposição da Igreja Católica?
Ele tinha uma coragem natural. Mas isso não era virtude mais do que o é a coragem freqüentemente achada em malfeitores. Coragem meramente humana não é sinal de bom cristão.
21. Por que é que os católicos dizem que Lutero foi tão mau assim?
Os protestantes que idealizam Martinho Lutero apresentam a sua suposta santidade como argumento em favor da Reforma Protestante. Para fazer face a esse argumento os católicos não tem outra alternativa senão evidenciar que Lutero absolutamente não foi um santo homem. Os católicos arguem que quem proclama ter sido incumbido por Deus de revelar Cristo ao mundo degenerado deve exibir em si mesmo uma vida cristã. Mas Lutero assim não fez; e é inconcebível que um tipo de homem qual ele era fosse escolhido por Deus para reformar a Igreja de Cristo.
22. Aos protestantes sempre foi ensinado que Lutero era verdadeiramente um homem de Deus.
Há dois Luteros: o Lutero de ficção fascinadora, e o Lutero da história e do fato. O Lutero de ficção aparece no púlpito protestante, nas escolas dominicais e em biografias partidárias. Mas o Lutero real será achado nos seus escritos - e certamente me refiro às edições deles não expurgadas. Protestantes bem informados já não falam mais da "santidade" dele. Detêm-se sobre a sua qualidade de campeão do livre pensamento, e sobre o seu êxito em derrubar a tirania de Roma. Porque, enquanto que Lutero era indubitavelmente um homem religioso, era também um homem muito desequilibrado, que fracassou em regular as suas inclinações religiosas de acordo com as leis de Deus, e que condescendeu com outras inclinações em trilhas igualmente indesculpáveis. Lutero teve um caráter estranhamente complexo. H.A.L. Fisher fala da sua "vasta força animal, da sua alegria e agudeza, da sua rusticidade e chiste, da sua selvagem veia de romance e áspero escolasticismo, das suas ingênuas superstições aldeãs, e da sua mórbida autocrítica". (A History of Europe, p. 543). Lutero era amável, generoso, terno e sentimental, mas era também orgulhoso, incrivelmente vaidoso e teimoso. O "eu" era supremo nele. Toda oposição ao "eu" de Lutero era uma afronta à "Liberdade Cristã"; a doutrina tinha de ser ajustada para quadrar com o "eu" desse homem introspectivo; e ele exigia para si mesmo uma vida cristã. Mas Lutero assim não fez; e é inconcebível que um tipo de homem qual ele era fosse escolhido por Deus para reformar a Igreja de Cristo.
23. Você diz que protestantes bem informados têm modificado a sua apreciação sobre Lutero como homem de Deus. Pode citar um deles?
O Deão W. R. Inge, de S. Paulo em Londres, é indubitavelmente uma sumidade. É, também, indubitavelmente a sua antipatia pela igreja Católica. Contudo, eis aqui a sua apreciação sobre Lutero, como dada no seu livro Protestantism, p. 28: "Lutero, portanto, foi um reformador que não era nem filósofo nem teólogo. Era reacionário de vários modos, e os Humanistas, que a princípio tinham esperanças nele, não tardaram a descobrir que muito pouca simpatia poderia haver entre si. Exaltando a fé e rebaixando as boas obras, e usando a "Fé", com as suas associações intelectuais, ele deu mais importância a corrigir a crença do que nem mesmo os católicos o haviam feito. Ele não quis entender a tolerância aos Anabatistas e a outras sectários, e em princípio não fez objeção à perseguição. A sua atitude durante a Revolta dos Camponeses fica sendo uma mancha na sua carreira, embora se deva admitir que a sua posição era extraordinariamente difícil. Todo o futuro da obra de sua vida parecia depender da bem sucedida defesa da sua autoridade pelos príncipes. Finalmente, a despeito do caráter fortemente ético do seu ensino, houve o seu trato das questões sexuais uma grosseria que repercutiu desfavoravelmente sobre a moral do povo alemão".
24. Sabe de algum bem em Lutero?
Sei, mas não o bastante para compensar vícios inteiramente deslocados num homem que é olhado como equilibrado e como santamente reformador. O "caráter fortemente ético" que o Deão Inge descobre nos escritos dele ocorre somente em certos lugares. Com bastante freqüência Lutero ensina doutrinas as mais imorais, e põe-nas em prática na sua própria vida. S. Paulo diz que os que são de Cristo crucificam a sua carne com os seus vícios e concupiscências (Gál 5,24). Entretanto, que Lutero condescendia com seus vícios e concupiscências torna-se claro "pelos seus próprios escritos, onde ele dá vergonhosas descrições da sua própria indulgência para com tudo quanto é apaixonado. Os seus diários registram chocantes excessos de sensualidade, que não poderiam ser impressos em nenhum livro decente hoje em dia. Um verdadeiro apóstolo de Cristo não dá curso a expressões tais como: "Ser continente e casto não está em mim"; ou "Por que ando sempre empapado em vinho?" Auto-controle era coisa que não existia em Lutero. Ele soltava as rédeas às suas paixões mais baixas, dizendo calmamente que assim deve fazer o homem, e não será responsável por essa conduta.
25. Lutero escreveu os mais belos hinos, e parece estranho que um homem assim tão mau como você retrata pudesse ser tão religioso a ponto de os escrever.
Contudo, lado a lado com os seus belos hinos Lutero escreveu grosseiras e chocantes espurcidas como tais não divulgadas. Psicologicamente, ele era um caráter estranho, quase médico e monstro alternativamente. Nos momentos religiosos, a sua imaginação derramava-se em poesia e em hinos. Mas estes, e muitas outras belas passagens, que podem ser colhidas dos escritos de Lutero, eram meros resíduos da sua herança católica. Nos momentos sensuais, ele se rebolcava nas suas paixões. Quando vinha a melancolia, embriagava-se. Nos momentos de luta era inexorável em alto grau, e descascava os seus opositores com violentas torrentes de injúria. A grandeza de Lutero não foi nem uma verdadeira grandeza humana, nem uma verdadeira grandeza cristã. Foi simplesmente, como Martiain e Fisher indicaram, uma grandeza animal - uma grandeza de força, energia e veemência de caráter.
26. Desafio-o a produzir a evidência de haver Lutero alguma vez usado qualquer linguagem má.
É claro que você só conhece o Lutero lendário. Nenhum protestante decente poderia ter o livrinho Hans Worst, escrito por Lutero em 1541, sem extremo nojo. Zwinglio, seu companheiro de reforma protestante, queixava-se da vil linguagem desse sujo panfleto. Repito, nenhum protestante decente poderia ler a Conversa de mesa de Lutero sem pejo e indignação, D. P. Smith, o biógrafo protestante, no seu livro Luther, p. 321, escreve: "Fere o moderno leitor de nada menos do que de pasmo, quase de horror, o descobrir a conversa particular do grande moralista com os seus comensais e filhos, as suas aulas a estudantes, até mesmo os seus sermões, densamente permeados de palavras, expressões e histórias confinadas hoje em dia aos freqüentadores dos mais baixos botequins". Não há dúvida de que os ensinamentos e os conselhos práticos de Lutero, e o seu exemplo na conversação, estavam infinitamente abaixo das normas morais da Igreja Católica que ele descompõe, e abaixo mesmo das normas ora geralmente aceitas pelos próprios Protestantes.
27. Uma fonte não pode lançar, no mesmo jato, água salgada e água fresca.
Pode, se a fonte for enchida alternadamente de água salgada e de água fresca. E os pensamentos que acudiam à mente de Lutero eram alternadamente bons e maus. Quase todos os biógrafos de Lutero admitem que a linguagem deste era invariavelmente grosseira e vulgar, imprudente e impetuosa. Porém as descrições que eles fazem carecem de realidade, ou pelo fato de não terem eles querido mostrar o verdadeiro caráter de Lutero, ou por não terem querido ofender o senso de decência dos seus leitores. Sem embargo, Lutero era capaz de expressões baixas, soezes e vergonhosas, capazes de espantar até mesmo um pagão.
28. Pois bem: então ou são os católicos ou são os protestantes que estão certos na sua apreciação de Lutero. Porém quais?
Já lhe dei várias apreciações protestantes substancialmente concordes com a apreciação católica. Sobre o único ponto que poderia ficar em discussão, posso apenas dizer que qualquer protestante que diz que a revolta de Lutero contra a Igreja Católica foi inspirada por Deus está, sem dúvida alguma, enganado.
29. Como justifica essa afirmação?
Que a revolta de Lutero contra a Igreja Católica não foi inspirada por Deus, isto deveria ser evidente a quem quer que crê em Cristo e tem algum conhecimento dos Evangelhos. O próprio Cristo disse: "Edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela". Quem quer que diz que a Igreja, tal como Cristo a estabeleceu, falhou tanto posteriormente que os homens tiveram de deixá-la e de iniciar novas Igrejas, quem tal diz contradiz Cristo. E, no entanto, foi o que Lutero fez. Dizendo que as forças do mal haviam prevalecido contra a Igreja Católica, ele deixou esta para fundar uma nova Igreja sua. Isto significava que Cristo não tinha podido cumprir a sua promessa de proteger a sua Igreja contra semelhante corrupção radical. Que no tempo de Lutero houvesse abusos entre católicos, quer clérigos quer leigos, ninguém poderia negá-lo. O próprio Cristo predisse esses abusos quando disse que a sua Igreja seria como uma rede que apanha bom e mau peixe. Porém mau peixe não significa má rede. Onde Lutero cometeu o engano foi em condenar a rede tanto como o mau peixe, e em se afastar para fazer uma rede sua. Se ele realmente queria uma reforma, deveria ter ficado na rede garantida por Cristo, e ter despendido as suas energias em converter o mau peixe em bom peixe. Verificando isto, os bons protestantes hoje em dia deveriam voltar à rede que Lutero abandonou - a Igreja Católica.
30. Se Lutero alguma vez escreveu as coisas ignominiosas que você lhe atribui, está fora de dúvida que, anteriormente. Deus disse a ele: "O justo vive na fé, e não da penitência".
Deus nunca disse tal coisa a Lutero. Lutero atribuiu a Deus os frutos da sua própria imaginação. Tomemos, porém, o ponto que você apresenta. Lutero começou a sua carreira, como pretenso reformador, de 1517 em diante. O seu imundo livro Hans Wordst foi escrito em 1541. A sua Conversa de mesa é cheia de expressões e sentimentos indecorosos e lascivos proferidos depois que ele se erigira em reformador. Bullinger, o reformador protestante suíço, escreveu a respeito de Lutero: "Ai! É claro como a luz do dia e inegável que ninguém jamais escreveu mais vulgar, mais grosseira, mais indecorosamente, em assuntos de fé, e de modéstia cristã, e em todos os assuntos sérios, do que Lutero. Há escritos de Lutero tão sujos, tão imundos, tão vulgares e grosseiros, que não seriam desculpados num pastor de porcos quais do que num pastor de almas". Pregando em Wittenberg, depois de deixar a Igreja Católica, Lutero disse: "Se Moisés tentar intimidar-vos com os seus estúpidos Dez Mandamentos, dizei-lhe imediatamente: Suma-se daqui para os judeus!" Quantos protestantes apoiariam palavras como estas?
31. Mesmo se Martinho Lutero não pode ser defendido, por que então o seu mau caráter haveria de ser um argumento contra a Igreja Protestante, e no entanto, maus papas não seriam argumento contra a Igreja Católica?
Porque os maus papas não pretenderam ser fundadores de novas religiões, como o fez Lutero. O único fundador da Igreja Católica, ficou, e esse foi indubitavelmente santo, pois foi o próprio Jesus Cristo. Além disto, nenhum mau papa pretendeu jamais que os seus pecados estivessem de acordo com os ensinamentos de Cristo e da Igreja Católica; nem papa algum ensinou oficialmente que os membros da Igreja eram livres de proceder de tal modo. Mas Lutero corrompeu as próprias doutrinas de Cristo, e deu aos outros permissão para pecar. Finalmente, os Papas que não viveram boas vidas privadas possuíram autoridade apostólica para a sua legislação oficial em nome da Igreja - legislação que em si mesma foi toda certa. Mas Lutero não tinha autoridade apostólica para as suas inovações heréticas e cismáticas.
32. Então você nega que Lutero foi um homem enviado por Deus, ou que absolutamente não teve qualquer missão divina.
Nego. Ele persuadiu-se de que tinha uma missão divina. Mas isso não era coisa difícil para um homem do seu temperamento. E não há mais fundamentos para acreditar na missão divina de Martinho Lutero do que para crer na missão divina de Mrs. Eddy para propagar a "Ciência Cristã", ou do Juiz Rutherford para fundar as "Testemunhas de Jeová". Lutero esteve tão iludido na sua pretensão de uma missão divina como o esteve em muitos outros assuntos.
33. Você nega a sinceridade dele?
Não inteiramente. Ele não errou somente no seu próprio interesse. Tinha convicções sinceras, embora muito desarrazoadas. Mas era muito inescrupuloso quanto aos meios que empregava para atingir os seus fins. Foi um estranho misto de misticismo e realismo. E, se em alguns ele atendia a um genuíno desejo de reforma, em outros atendia ao seu apetite de escândalos, ao seu amor da novidade, e às suas paixões racionalistas. Os seus caminhos estiveram muito longe de se parecer com os de Cristo.
34. Ninguém pode dizer que Lutero não era deveras zeloso.
Infelizmente, no caso dele, era um zelo sem conhecimento e sem caridade. Defendendo as suas teses contra as autoridades católicas, ele adotou uma atitude de orgulho e arrogância, abandonando a razão pela invectiva. Ele destilava escárnio desprezador nas suas críticas, e logo manifestou um ódio cego a Roma e ao Papa. E nem depois procedeu diferentemente para com outros mestres protestantes que divergiam dele. Os seus sermões eram obstinados e dogmáticos. Ele não suportava contradição. Não tolerava rival. Arrogava-se a própria infalibilidade que ele negava ao Papa.
35. Ele desejava apenas corrigir abusos e reformar homens.
Ele nunca teria sido condenado como herege se houvesse apenas desejado corrigir abusos e reformar homens. Porém foi mais longe. Disse que a própria doutrina católica se corrompera, e que ELE tornara a descobrir o Evangelho. Mas os novos princípios que ele ensinava eram muito lisongeiros para a natureza humana. Apelavam fortemente para o espírito de independência, e abriam o caminho para um relaxamento ainda maior. Os homens viram nele uma emancipação da autoridade da Igreja e de toda restrição moral.
36. Você oferece essa explicação como o segredo da influência de Lutero?
Em parte. Outro e grande fator foi a situação política no seu tempo. Lutero não era um profundo pensador, mas tinha intuição para ver a inquietação religiosa que reinava na Alemanha, e as ambições políticas dos príncipes alemães. De fato, a Alemanha era um vulcão político-religioso, e Lutero não teve senão que dar expressão apaixonadamente contagiosa às recriminações contra Roma e às aspirações à independência política já muito difundidas. Por isso ele se deu o trabalho de suscitar em furacão de ódio religioso e racial, de jogar com o sentimento político e nacional, e inflamar toda a Alemanha tanto contra o Imperador como contra o Papa. Lutero, o reformador, tornou-se Lutero o revolucionário e o herói que sustentou a oposição nacional a Roma. Não houve aí sinais quaisquer de uma missão puramente religiosa e espiritual recebida de Deus!
Não nego que lhe haja sobrevindo uma mudança quatro ou cinco anos depois da sua visita a Roma, e que, ao passo que ele foi católico até ser finalmente excomungado pela Igreja em 1520, de então por diante foi protestante. Mas nego que essa mudança tenha sido uma conversão sobrenatural devida à graça de Deus. Lutero fracassara na sua própria vida em viver conformemente aos ideais de santidade que a Igreja Católica lhe apresentara. Para alcançar a paz de espírito nos seus próprios baixos ideais, ele persuadiu-se de que a Igreja estava errada exigindo quaisquer boas obras. Convenceu-se de que o homem é totalmente depravado, de que ele não tem livre arbítrio, e de que Deus não espera que o homem seja outra coisa senão depravado. Então inventou o consolador evangelho de que o homem é salvo pela fé somente, e não pelas obras. Crença, e não bom proceder, foi de então por diante o segredo da salvação ensinado por Martinho Lutero.
20. Lutero não foi um bravo em seguir as suas convicções a despeito da oposição da Igreja Católica?
Ele tinha uma coragem natural. Mas isso não era virtude mais do que o é a coragem freqüentemente achada em malfeitores. Coragem meramente humana não é sinal de bom cristão.
21. Por que é que os católicos dizem que Lutero foi tão mau assim?
Os protestantes que idealizam Martinho Lutero apresentam a sua suposta santidade como argumento em favor da Reforma Protestante. Para fazer face a esse argumento os católicos não tem outra alternativa senão evidenciar que Lutero absolutamente não foi um santo homem. Os católicos arguem que quem proclama ter sido incumbido por Deus de revelar Cristo ao mundo degenerado deve exibir em si mesmo uma vida cristã. Mas Lutero assim não fez; e é inconcebível que um tipo de homem qual ele era fosse escolhido por Deus para reformar a Igreja de Cristo.
22. Aos protestantes sempre foi ensinado que Lutero era verdadeiramente um homem de Deus.
Há dois Luteros: o Lutero de ficção fascinadora, e o Lutero da história e do fato. O Lutero de ficção aparece no púlpito protestante, nas escolas dominicais e em biografias partidárias. Mas o Lutero real será achado nos seus escritos - e certamente me refiro às edições deles não expurgadas. Protestantes bem informados já não falam mais da "santidade" dele. Detêm-se sobre a sua qualidade de campeão do livre pensamento, e sobre o seu êxito em derrubar a tirania de Roma. Porque, enquanto que Lutero era indubitavelmente um homem religioso, era também um homem muito desequilibrado, que fracassou em regular as suas inclinações religiosas de acordo com as leis de Deus, e que condescendeu com outras inclinações em trilhas igualmente indesculpáveis. Lutero teve um caráter estranhamente complexo. H.A.L. Fisher fala da sua "vasta força animal, da sua alegria e agudeza, da sua rusticidade e chiste, da sua selvagem veia de romance e áspero escolasticismo, das suas ingênuas superstições aldeãs, e da sua mórbida autocrítica". (A History of Europe, p. 543). Lutero era amável, generoso, terno e sentimental, mas era também orgulhoso, incrivelmente vaidoso e teimoso. O "eu" era supremo nele. Toda oposição ao "eu" de Lutero era uma afronta à "Liberdade Cristã"; a doutrina tinha de ser ajustada para quadrar com o "eu" desse homem introspectivo; e ele exigia para si mesmo uma vida cristã. Mas Lutero assim não fez; e é inconcebível que um tipo de homem qual ele era fosse escolhido por Deus para reformar a Igreja de Cristo.
23. Você diz que protestantes bem informados têm modificado a sua apreciação sobre Lutero como homem de Deus. Pode citar um deles?
O Deão W. R. Inge, de S. Paulo em Londres, é indubitavelmente uma sumidade. É, também, indubitavelmente a sua antipatia pela igreja Católica. Contudo, eis aqui a sua apreciação sobre Lutero, como dada no seu livro Protestantism, p. 28: "Lutero, portanto, foi um reformador que não era nem filósofo nem teólogo. Era reacionário de vários modos, e os Humanistas, que a princípio tinham esperanças nele, não tardaram a descobrir que muito pouca simpatia poderia haver entre si. Exaltando a fé e rebaixando as boas obras, e usando a "Fé", com as suas associações intelectuais, ele deu mais importância a corrigir a crença do que nem mesmo os católicos o haviam feito. Ele não quis entender a tolerância aos Anabatistas e a outras sectários, e em princípio não fez objeção à perseguição. A sua atitude durante a Revolta dos Camponeses fica sendo uma mancha na sua carreira, embora se deva admitir que a sua posição era extraordinariamente difícil. Todo o futuro da obra de sua vida parecia depender da bem sucedida defesa da sua autoridade pelos príncipes. Finalmente, a despeito do caráter fortemente ético do seu ensino, houve o seu trato das questões sexuais uma grosseria que repercutiu desfavoravelmente sobre a moral do povo alemão".
24. Sabe de algum bem em Lutero?
Sei, mas não o bastante para compensar vícios inteiramente deslocados num homem que é olhado como equilibrado e como santamente reformador. O "caráter fortemente ético" que o Deão Inge descobre nos escritos dele ocorre somente em certos lugares. Com bastante freqüência Lutero ensina doutrinas as mais imorais, e põe-nas em prática na sua própria vida. S. Paulo diz que os que são de Cristo crucificam a sua carne com os seus vícios e concupiscências (Gál 5,24). Entretanto, que Lutero condescendia com seus vícios e concupiscências torna-se claro "pelos seus próprios escritos, onde ele dá vergonhosas descrições da sua própria indulgência para com tudo quanto é apaixonado. Os seus diários registram chocantes excessos de sensualidade, que não poderiam ser impressos em nenhum livro decente hoje em dia. Um verdadeiro apóstolo de Cristo não dá curso a expressões tais como: "Ser continente e casto não está em mim"; ou "Por que ando sempre empapado em vinho?" Auto-controle era coisa que não existia em Lutero. Ele soltava as rédeas às suas paixões mais baixas, dizendo calmamente que assim deve fazer o homem, e não será responsável por essa conduta.
25. Lutero escreveu os mais belos hinos, e parece estranho que um homem assim tão mau como você retrata pudesse ser tão religioso a ponto de os escrever.
Contudo, lado a lado com os seus belos hinos Lutero escreveu grosseiras e chocantes espurcidas como tais não divulgadas. Psicologicamente, ele era um caráter estranho, quase médico e monstro alternativamente. Nos momentos religiosos, a sua imaginação derramava-se em poesia e em hinos. Mas estes, e muitas outras belas passagens, que podem ser colhidas dos escritos de Lutero, eram meros resíduos da sua herança católica. Nos momentos sensuais, ele se rebolcava nas suas paixões. Quando vinha a melancolia, embriagava-se. Nos momentos de luta era inexorável em alto grau, e descascava os seus opositores com violentas torrentes de injúria. A grandeza de Lutero não foi nem uma verdadeira grandeza humana, nem uma verdadeira grandeza cristã. Foi simplesmente, como Martiain e Fisher indicaram, uma grandeza animal - uma grandeza de força, energia e veemência de caráter.
26. Desafio-o a produzir a evidência de haver Lutero alguma vez usado qualquer linguagem má.
É claro que você só conhece o Lutero lendário. Nenhum protestante decente poderia ter o livrinho Hans Worst, escrito por Lutero em 1541, sem extremo nojo. Zwinglio, seu companheiro de reforma protestante, queixava-se da vil linguagem desse sujo panfleto. Repito, nenhum protestante decente poderia ler a Conversa de mesa de Lutero sem pejo e indignação, D. P. Smith, o biógrafo protestante, no seu livro Luther, p. 321, escreve: "Fere o moderno leitor de nada menos do que de pasmo, quase de horror, o descobrir a conversa particular do grande moralista com os seus comensais e filhos, as suas aulas a estudantes, até mesmo os seus sermões, densamente permeados de palavras, expressões e histórias confinadas hoje em dia aos freqüentadores dos mais baixos botequins". Não há dúvida de que os ensinamentos e os conselhos práticos de Lutero, e o seu exemplo na conversação, estavam infinitamente abaixo das normas morais da Igreja Católica que ele descompõe, e abaixo mesmo das normas ora geralmente aceitas pelos próprios Protestantes.
27. Uma fonte não pode lançar, no mesmo jato, água salgada e água fresca.
Pode, se a fonte for enchida alternadamente de água salgada e de água fresca. E os pensamentos que acudiam à mente de Lutero eram alternadamente bons e maus. Quase todos os biógrafos de Lutero admitem que a linguagem deste era invariavelmente grosseira e vulgar, imprudente e impetuosa. Porém as descrições que eles fazem carecem de realidade, ou pelo fato de não terem eles querido mostrar o verdadeiro caráter de Lutero, ou por não terem querido ofender o senso de decência dos seus leitores. Sem embargo, Lutero era capaz de expressões baixas, soezes e vergonhosas, capazes de espantar até mesmo um pagão.
28. Pois bem: então ou são os católicos ou são os protestantes que estão certos na sua apreciação de Lutero. Porém quais?
Já lhe dei várias apreciações protestantes substancialmente concordes com a apreciação católica. Sobre o único ponto que poderia ficar em discussão, posso apenas dizer que qualquer protestante que diz que a revolta de Lutero contra a Igreja Católica foi inspirada por Deus está, sem dúvida alguma, enganado.
29. Como justifica essa afirmação?
Que a revolta de Lutero contra a Igreja Católica não foi inspirada por Deus, isto deveria ser evidente a quem quer que crê em Cristo e tem algum conhecimento dos Evangelhos. O próprio Cristo disse: "Edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela". Quem quer que diz que a Igreja, tal como Cristo a estabeleceu, falhou tanto posteriormente que os homens tiveram de deixá-la e de iniciar novas Igrejas, quem tal diz contradiz Cristo. E, no entanto, foi o que Lutero fez. Dizendo que as forças do mal haviam prevalecido contra a Igreja Católica, ele deixou esta para fundar uma nova Igreja sua. Isto significava que Cristo não tinha podido cumprir a sua promessa de proteger a sua Igreja contra semelhante corrupção radical. Que no tempo de Lutero houvesse abusos entre católicos, quer clérigos quer leigos, ninguém poderia negá-lo. O próprio Cristo predisse esses abusos quando disse que a sua Igreja seria como uma rede que apanha bom e mau peixe. Porém mau peixe não significa má rede. Onde Lutero cometeu o engano foi em condenar a rede tanto como o mau peixe, e em se afastar para fazer uma rede sua. Se ele realmente queria uma reforma, deveria ter ficado na rede garantida por Cristo, e ter despendido as suas energias em converter o mau peixe em bom peixe. Verificando isto, os bons protestantes hoje em dia deveriam voltar à rede que Lutero abandonou - a Igreja Católica.
30. Se Lutero alguma vez escreveu as coisas ignominiosas que você lhe atribui, está fora de dúvida que, anteriormente. Deus disse a ele: "O justo vive na fé, e não da penitência".
Deus nunca disse tal coisa a Lutero. Lutero atribuiu a Deus os frutos da sua própria imaginação. Tomemos, porém, o ponto que você apresenta. Lutero começou a sua carreira, como pretenso reformador, de 1517 em diante. O seu imundo livro Hans Wordst foi escrito em 1541. A sua Conversa de mesa é cheia de expressões e sentimentos indecorosos e lascivos proferidos depois que ele se erigira em reformador. Bullinger, o reformador protestante suíço, escreveu a respeito de Lutero: "Ai! É claro como a luz do dia e inegável que ninguém jamais escreveu mais vulgar, mais grosseira, mais indecorosamente, em assuntos de fé, e de modéstia cristã, e em todos os assuntos sérios, do que Lutero. Há escritos de Lutero tão sujos, tão imundos, tão vulgares e grosseiros, que não seriam desculpados num pastor de porcos quais do que num pastor de almas". Pregando em Wittenberg, depois de deixar a Igreja Católica, Lutero disse: "Se Moisés tentar intimidar-vos com os seus estúpidos Dez Mandamentos, dizei-lhe imediatamente: Suma-se daqui para os judeus!" Quantos protestantes apoiariam palavras como estas?
31. Mesmo se Martinho Lutero não pode ser defendido, por que então o seu mau caráter haveria de ser um argumento contra a Igreja Protestante, e no entanto, maus papas não seriam argumento contra a Igreja Católica?
Porque os maus papas não pretenderam ser fundadores de novas religiões, como o fez Lutero. O único fundador da Igreja Católica, ficou, e esse foi indubitavelmente santo, pois foi o próprio Jesus Cristo. Além disto, nenhum mau papa pretendeu jamais que os seus pecados estivessem de acordo com os ensinamentos de Cristo e da Igreja Católica; nem papa algum ensinou oficialmente que os membros da Igreja eram livres de proceder de tal modo. Mas Lutero corrompeu as próprias doutrinas de Cristo, e deu aos outros permissão para pecar. Finalmente, os Papas que não viveram boas vidas privadas possuíram autoridade apostólica para a sua legislação oficial em nome da Igreja - legislação que em si mesma foi toda certa. Mas Lutero não tinha autoridade apostólica para as suas inovações heréticas e cismáticas.
32. Então você nega que Lutero foi um homem enviado por Deus, ou que absolutamente não teve qualquer missão divina.
Nego. Ele persuadiu-se de que tinha uma missão divina. Mas isso não era coisa difícil para um homem do seu temperamento. E não há mais fundamentos para acreditar na missão divina de Martinho Lutero do que para crer na missão divina de Mrs. Eddy para propagar a "Ciência Cristã", ou do Juiz Rutherford para fundar as "Testemunhas de Jeová". Lutero esteve tão iludido na sua pretensão de uma missão divina como o esteve em muitos outros assuntos.
33. Você nega a sinceridade dele?
Não inteiramente. Ele não errou somente no seu próprio interesse. Tinha convicções sinceras, embora muito desarrazoadas. Mas era muito inescrupuloso quanto aos meios que empregava para atingir os seus fins. Foi um estranho misto de misticismo e realismo. E, se em alguns ele atendia a um genuíno desejo de reforma, em outros atendia ao seu apetite de escândalos, ao seu amor da novidade, e às suas paixões racionalistas. Os seus caminhos estiveram muito longe de se parecer com os de Cristo.
34. Ninguém pode dizer que Lutero não era deveras zeloso.
Infelizmente, no caso dele, era um zelo sem conhecimento e sem caridade. Defendendo as suas teses contra as autoridades católicas, ele adotou uma atitude de orgulho e arrogância, abandonando a razão pela invectiva. Ele destilava escárnio desprezador nas suas críticas, e logo manifestou um ódio cego a Roma e ao Papa. E nem depois procedeu diferentemente para com outros mestres protestantes que divergiam dele. Os seus sermões eram obstinados e dogmáticos. Ele não suportava contradição. Não tolerava rival. Arrogava-se a própria infalibilidade que ele negava ao Papa.
35. Ele desejava apenas corrigir abusos e reformar homens.
Ele nunca teria sido condenado como herege se houvesse apenas desejado corrigir abusos e reformar homens. Porém foi mais longe. Disse que a própria doutrina católica se corrompera, e que ELE tornara a descobrir o Evangelho. Mas os novos princípios que ele ensinava eram muito lisongeiros para a natureza humana. Apelavam fortemente para o espírito de independência, e abriam o caminho para um relaxamento ainda maior. Os homens viram nele uma emancipação da autoridade da Igreja e de toda restrição moral.
36. Você oferece essa explicação como o segredo da influência de Lutero?
Em parte. Outro e grande fator foi a situação política no seu tempo. Lutero não era um profundo pensador, mas tinha intuição para ver a inquietação religiosa que reinava na Alemanha, e as ambições políticas dos príncipes alemães. De fato, a Alemanha era um vulcão político-religioso, e Lutero não teve senão que dar expressão apaixonadamente contagiosa às recriminações contra Roma e às aspirações à independência política já muito difundidas. Por isso ele se deu o trabalho de suscitar em furacão de ódio religioso e racial, de jogar com o sentimento político e nacional, e inflamar toda a Alemanha tanto contra o Imperador como contra o Papa. Lutero, o reformador, tornou-se Lutero o revolucionário e o herói que sustentou a oposição nacional a Roma. Não houve aí sinais quaisquer de uma missão puramente religiosa e espiritual recebida de Deus!